domingo, 20 de dezembro de 2009

domingo, 6 de dezembro de 2009

A importância de conhecer a "Amazônia Azul"

reproduzo o texto de Luiz Carlos Azenha | Publicado em 04 de dezembro de 2009. Vale como leitura, vale como sugestão de pauta para os colegas jornalistas!

Faz alguns meses estive fazendo uma reportagem de televisão a bordo de um navio brasileiro no Rio de Janeiro. Não digo o nome para não criar qualquer constrangimento. Os oficiais da Marinha com os quais almocei elogiaram muito o governo Lula. Por três motivos:

1. A recuperação da indústria naval brasileira;

2. O investimento no submarino nuclear;

3. O reconhecimento da importância da "Amazônia azul".

Pedi que me explicassem do que se tratava e um dos oficiais me mandou vídeos e outras informações. É o conceito segundo o qual o mar territorial brasileiro guarda grandes riquezas inexploradas, a primeira das quais é o pré-sal. Mas não é só: a longo prazo, já se considera a possibilidade de fazer exploração de minérios no subsolo marítimo. E há toda a fauna e a flora aquáticas, que podem guardar segredos tão importantes quanto a Amazônia verde para a biotecnologia, por exemplo.

Por isso, argumentaram os oficiais, é importante que o Brasil cuide de sua costa. É importante que desenvolva a sua Marinha. E é importante que impeça que outras nações assumam o controle do Atlântico entre o Brasil e a África.

Interessa ao Brasil, portanto, desenvolver relações com todos os países da costa ocidental da África: trata-se de espaço geopolítico que dividimos com eles. É importante a relação do Brasil com a Namíbia e Angola. Temos interesses comuns: petróleo na plataforma continental e a regulamentação da pesca nas costas do Brasil e da África, para impedir a pesca predatória.

Faz todo o sentido e é por isso que sugiro aos professores leitores do blog que debatam este assunto com seus alunos e aos jornalistas que pensem na possibilidade de fazer essa pauta. É um tema riquíssimo e inovador.

Natal é a hora de se comunicar – mas não a única


Agora no final do ano as empresas enviam seus cartões de Natal, mas só voltam a aparecer no mercado muito mais adiante e olhe lá, se não deixam para fazer isto somente no próximo Natal. Não planejam uma estratégia de comunicação e relacionamento. Não enviam uma carta, não fazem um anúncio e nem ao menos uma ligação telefônica. Isto é um perigo para a lembrança da marca, de seu produto e de seu serviço. Muitas vezes, demoram tanto para entrar em contato que arriscam já terem sido esquecidas, o que sairá, com certeza, muito mais caro. Neste caso sim podemos dizer que comunicação é um custo, pois do contrário, se bem planejada e utilizada, é um investimento.
Mas é preciso conhecer seus públicos. Repito por vezes sem fim que é preciso levar em consideração a experiência e referencial com quem nos comunicamos. Em todos os planos: comunicação interna e externa. São muitos os oradores que discursam discursos vazios. Falam como se a plateia não estivesse presente. Mesma situação com materiais sem foco, com excesso de texto ou com imagens ilustrativas que não condizem com o que se quer comunicar.
A função da comunicação é dizer o que existe, mas dizer bem ou mal, depende de como é planejada. Uma das grandes falhas em comunicação nas empresas é a falta de planejamento, principalmente nas pequenas - e são justamente as que têm o orçamento mais enxuto. Fazem ações pontuais, sem perceber que o resultado é a somatória de várias delas.
Ainda no planejamento há o perigo de querer ir rapidamente para “o como” e isto só pode ser analisado depois de saber se há realmente necessidade de uma ação e qual o resultado a ser alcançado. Muitas empresas são pegas por essa imprudência e aqui não são somente as pequenas, infelizmente este hábito do “como” é mais frequente do que se devia.
Quando nos comunicamos é preciso compreender qual nosso público, isto é básico, mas também é essencial que se saiba qual a finalidade. A perguntinha que sempre oriento é: “para quê?” Ela pode resolver muitos problemas, inclusive orçamentários, das empresas que gastam o que não têm em campanhas e em material de comunicação inadequado, que com o básico “para quê?” poderiam nem ter começado o projeto ou no mínimo, ter replanejado. “Para quê?” resume qual resultado a ser alcançado. Se não tiver resposta, já demonstra que talvez o resultado a ser alcançado não esteja bem claro e consequentemente, nenhuma estratégia será eficiente.
Se eu fosse destacar mais alguns dos pontos que considero importantes sobre comunicação corporativa, ressaltaria que os empresários e profissionais da área sempre deveriam estar alertas que ela é mais do que somente “divulgação” de mensagens e informações, por isso deve ser planejada como ferramenta estratégica de negócio e alinhada ao Plano de Marketing. Não pode ser confundida como ferramenta de motivação pontual e muito menos somente como criadora de canais como jornal interno, boletins, intranet, TV corporativa, murais, publicidade, cartilhas, folders etc.
Comunicação corporativa deve atender determinado objetivo estratégico e não somente existir por existir, ou seja, deve ser estratégica e não operacional e pontual.

(imagem copiada do blog de Thiago Oliveira)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Gestão de Crise na Isto É Dinheiro

Isto É Dinheiro me procurou para uma matéria sobre a Uniban. Saiu neste fim de semana.
Foi uma análise de situaçoes de prevençao e gestáo de crise.
Além do que foi publicado, me lembro que o que mais ressaltei é que o sempre falo, que as possibilidades de uma crise devem ser pensadas antes dela acontecer. Desta forma é possível organizar um comitê gerenciador de crises, que conseguirá analisar qual a melhor forma de agir.
Na hora em que o acidente ocorre é muito mais complicado se ter cabeça fria para qualquer tipo de decisáo. Por isto que deve ser pensada antes.
Assim como, depois que já aconteceu o que se precisa é ter consideraçao pelo fato, organizar a forma de comunicar, buscando subsídios nos valores que a empresa defende.
É preciso que tenha um único discurso, por isto o primeiro público a quem se deve satisfaçao é o interno. Paralelamente a empresa deve expor sua posiçao à sociedade, baseada nos valores da própria empresa - afinal ela foi pensada na hora do planejamento.
É preciso também, antes de sair falando sem análise alguma, que seja lembrado aqui que estamos em tempos de globalizaçao, onde a intolerância deve ser muito, mas muito, mas muito mesmo analisada, pois a diversidade é grande! O fio do certo e errado hoje em dia é muito mais tênue, pois leva em conta de que lado se analisa. O que é positivo, pois a sociedade deveria ser mais flexível e resiliente.
Bem, acho que náo foi o que aconteceu com Uniban! Agora, infelizmente, o trabalho de reconstruçao de marca deles será enorme!

domingo, 1 de novembro de 2009

Liberdade

"Liberdade de pensamento exige esta coisa rara: pensamento" - Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A humanidade anda de costas

A gente acredita fielmente na evolução da espécie!
Cria os filhos dando exemplos e referëncias de evolução!
Só que de repente alguns fatos nos fazem pensar que ou andamos de olhos fechados e náo aprendemos com nossos exemplos ou entáo andamos de costas e por isto só repetimos o que está a nossa frente, que é o caminho já caminhado...ou seja, não há evoluçao.
Não consigo nem escrever, tamanha a indignação que fiquei ao saber da história da estudante da Uniban! mas não dá pra não escrever nada. O que é isto? não evoluimos absolutamente nada. Nadica di nada...
Há uns tempos atrás, sem informação, o povo isolado em seu mundinho, já era estranhíssimo este tipo de atitude. Mas hoje?!?!?!
Me lembro que uma vez estava entrando numa conceituada universidade e escutei alguns absurdos de uns alunos falando das garotas...tipo aquele papo idiota, preconceituoso, machista, desrespeitoso e tudo o mais que náo escrevo porque beiro a escrever um palavráo...náo me aguentei. Tive que falar de minha decepção ao ouvir tudo aquilo naquela época. Coisas que nem quando eu era mais jovem náo poderia admitir escutar estava escutando numa época que eu esperava que os preconceitos já tivessem ido pro saco...pois não acreditei que os chamados bons meninos tinham namoradas bacaninhas e "comiam" suas amiguinhas, como se fosse a coisa mais natural do mundo! nojento! me fez lembrar uma vez uma conversa com um senhor de idade que me disse que quando um marido apronta fora de casa é porque a mulher permitiu esta situação. Ora, me poupe!!! o cara é um canalha e a mulher leva a culpa?!
Mas, acho que em alguns momentos nós temos culpa sim. O psicanlista, escritor, anarquista e amigo saudoso, Roberto Freire, sempre dizia que "mãe é pior que uma bomba atömica". Nesse caso, até pode ser que alguma mulher seja culpada de apoiar e incentivar o preconceito. Como pode o menino ainda ser criado de forma machista e egoista? como pode ainda a menina ter que servir ao irmão? como pode ainda o irmão ter a responsabilidade de "cuidar da irmã", como se ela fosse uma incompetente? irmão cuida de irmão, independe se é o mais velho, se é menina ou menino.
Mas voltando ao caso Uniban. Ainda náo dá pra acreditar no que aconteceu. Definitivamente...náo dá pra acreditar...e infelizmente, não acredito que esta situação sirva pra mudar alguma coisa. Talvez, pra pensar, mas infelizmente ainda estamos longe da possibilidade de uma mudança...basta ver as criancinhas mandando, gritando e esperneando exigindo coisas de seus pais...basta ver filhos só indo dormir altas horas, de madrugada, ocupando espaço da intimidade dos pais...espaço que náo é seu e o próprio casal náo consegue delimitar até onde ele pode ir...espero nunca ver filhos expulsando pais de seus próprios lares porque sáo incompatíveis e eles, com oito anos, precisam de mais espaço pra viver. Triste...!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Turismo urbano

Ter o hábito de ir ao trabalho ou visitar os amigos indo à pé, é tudo de bom!
A gente observa outros cenários. Num dia vou por um lado, vejo casas, cachorros, pessoas que nunca vi; noutro dia pego outro caminho.
Por um lado vejo edifícios e carros voando de tão rápidos, noutro vejo casas ainda de madeira, com jardins feitos pelo próprio dono da casa, criança jogando bola e silêncio na rua. Percebo outro ritmo, tenho até que cuidar quando vou atravessar a rua, pois o ritmo é outro. Sinto cheiros (bons e ruins). Tento descobrir outras sensações: a chuva, o sol na pele, a velocidade, as calçadas alpinistas, os cachorros sem educação, os gatos sonolentos mas alertas quando se chega perto...enfim, não é preciso ir muito longe do dia a dia pra observar um novo panorama, com um olhar turístico de alguém que explora novos roteiros, basta ampliar o olhar pro cotidiano!
Muito bom, muito bom!
Ainda bem que Curitiba não tem a mesmice do mesmo clima. Posso me aventurar em pegar chuva numa quadra e quase que já me secar na outra. rs

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O que pode ser notícia no meio político

Aprendemos que se “o cão morde o homem”, não é notícia, mas se o “homem morde o cão”, é. Depende...na verdade tudo pode ser notícia. Depende em que veículo será publicada, quem é o homem, de quem é o cão, qual a procedência, do cão e do homem...
E este crivo pra perceber o que pode se transformar em notícia, porque transformar em notícia e como fazer pra que seja publicado como notícia e não propaganda é do Jornalista. É esse profissional que é treinado pra perceber essas diferenças e oportunidades.
Oras, pois os políticos têm que aprender a fazer uso do que é notícia e publicar suas ações, em prol daqueles que os elegeram, pra que saibam o que ele está fazendo por eles. Mas daí procurar um Jornalista e não comprar espaço publicitário, que até pode ser comprado, mas deve ser identificado como espaço publicitário. E qual a diferença? A diferença é que notícia tem que ter pelo menos dois lados, tem que ser analisada com os olhos de quem irá lê-la e informar o que vem fazendo, qual sua responsabilidade com o voto que lhe foi confiado. Publicidade é fantasioso, ressalta o desejo, o belo, o lado tendencioso do fato. Sim, a publicidade serve pra chamar à atenção, que pode ser comprar uma idéia, um serviço ou um produto e o jornalismo, divulgar uma idéia, um serviço ou um produto. A sutileza da diferença de um e de outro é que a notícia deve ser mais apurada, mais aprofundada em sua investigação e deve ter a responsabilidade da neutralidade, mas a publicidade não, ela pode ser agressiva dizendo “compre...”, “vote...”.
No levantamento que foi feito recentemente, vários orçamentos de alguns políticos apareceram com verbas para comprar espaço publicitário.
Não citarei a fonte (senão pareceria protecionismo para alguns), mas um político, por exemplo, gastou (é gastou mesmo, porque sempre digo que em comunicação é investimento, mas neste caso, GASTOU): R$ 5.750, em rádios e jornais.
Oras pinóias. De quem é a responsabilidade? De muita gente em minha opinião. Primeiro que tem jornalista que quando diz que faz assessoria de comunicação (ou imprensa, neste caso é imprensa somente), ele só faz release e ainda exige do veículo que publique seu release na íntegra. Isto não é jornalismo porque o release serve como fonte pro Jornalista buscar outras informações pra sua notícia.
Mais adiante, na mesma matéria que li sobre estes valores gastos, li a resposta dos assessores desses políticos que foram denunciados GASTANDO em comunicação. Os assessores afirmam que muitos veículos só publicam notícias de políticos se forem pagos (não só de políticos, hein?!...). Pior que isto é verdade. Mas aí teríamos que questionar qual o papel de utilidade pública desse jornal, dessa rádio, dessa revista, dessa emissora de TV.
Oras, se é notícia, o Jornalista que está na redação deveria dar o espaço. Mas também o Jornalista assessor de imprensa ou de comunicação, que envia as realizações dos políticos para os jornais, deve fuçar, pesquisar mesmo pra que tenha um fato que interesse ao público daquele jornal.
Não é um não publicar porque é coisa de político ou enfoque comercial (que daí sim deveria ser publicidade) e o outro escrever automaticamente sem fazer uma análise do que possa de fato ser notícia para aquele veículo, para aquele público, para aquela região.
Outro fato é que este valor GASTO pelos políticos, na mão de um Jornalista poderia de fato reverter em notícias e digo mais, seria até mais barato, tanto em valor monetário quanto em valor de resultados. Tentando explicar: primeiro que se criaria um relacionamento por meio do Jornalista, entre o político e os meios de comunicação. Dessa forma o político pode servir de referência para as notícias que aquele jornal estaria levantando os fatos, no assunto que ele defende, que ele domina, que ele representa. Esporadicamente até poderia fazer uma publicidade, mas daí com cara de publicidade mesmo, feita por um publicitário, sobre o aniversário da cidade ou de alguma outra situação. Mas se o relacionamento com o jornal é ético, se o político é prestativo quando é procurado, não deixa sem resposta (mesmo que a resposta seja, “infelizmente, não sei sobre esse assunto”), o próprio jornal passa a publicar suas opiniões, sem custo. Aí sim é um investimento, como sempre falo, pois há um planejamento, uma análise do que escrever, como escrever, pra que veículo e em que momento.
Não sei se ficou claro, mas em resumo o que quero dizer é que é preciso um olhar diferente tripartite: do político, que deve primar pela transparência de seus atos, do respeito por quem lhe deu o emprego de político e de seu compromisso com a sociedade; do Jornalista assessor de comunicação, que deve primar em facilitar a interpretação do que seu assessorado faz, transformando em comunicação, que deve facilitar o acesso do Jornalista de redação com seu assessorado, que deve primar de transformar um fato em notícia pra que o veículo possa publicar como tal e, por fim, do veículo de comunicação, que deve ter sua linha editorial bem definida, sua ética no que publica e defende e que deve ter alguém bem eficiente na área comercial pra que não precise “beliscar” o que é notícia, mas buscar anunciantes que sustentem seu veículo, podendo primar pela liberdade de expressão – sem vincular publicidade com direito a espaço editorial. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Se não ficou muito claro, visitem lá no portal da transparência www.aleppr.com.br ou então me chame pra explicar, pra fazer uma palestra, pra fazer um diagnóstico de necessidade, pra fazer um mídia training.
Percebam que tem Jornalistas e jornalistas, assim como Políticos e políticos.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Sinfonia

Hoje foi engraçado. Vivi um colapso. Um colapso até certo ponto engraçado.
Estou no interior do estado. Vir pra cá é um preparo psicológico anterior ao embarque...são 22 horas de ônibus, ida e volta.
A correria de ajeitar pra que tudo não pare enquanto estou fora, a correria pra pegar a passagem e embarcar, o check list mental pra ver se não esqueci nada pra que tudo possa andar no mesmo ritmo mesmo sem minha presença física...uma doidera!
Mas chegando aqui...desço do ônibus devagar, sento esperando que venham me buscar - um dia demoraram e fui de carona na moto do segurança da rodoviária, só aqui ainda se pode fazer isto.
Aqui é um paraíso de lugar, onde os passarinhos cantam mais alto que aqueles barulhos ensurdecedores de freios desafiando quem ganha: o sinal amarelo ou a potência do carro ao cruzar o semáforo como roleta russa...
Mas o colapso que aconteceu foi que ao vir pro hotel no final da tarde, tudo o que eu pensava era em tomar um banho e terminar um outro trabalho, por email...mas depois do banho, não conseguia conectar a internet. Rapidinho todo aquele ritmo Walt Disney (dos desenhos mais antigos), foi pra cucuia. Virou um Sherek, na irreverência dos conceitos ditados até então por Disney, na ordem dual do belo e feio, certo e errado. Bem, foi engraçado. Gostaria deu não ser eu e ter conseguido ver a cena.
É! A gente perde muito em ser neurótico.
Em menos de 5 minutos a internet voltou e então o colapso mudou de foco, mas não deixou de existir.
Tinha que administrar dois movimentos. Baixar a cabeça e ser rápida em responder a meu grupo online, erguer a cabeça e ver a languidez no meu entorno; baixar a cabeça pra ler as respostas e continuar o diálogo veloz; erguer a cabeça e ver alguém passando de bicicleta e te cumprimentando (um estranho me cumprimenta, só porque passou por mim...isto ainda existe! Não é resquício de minha infância, que sempre falo saudosa, existe!) Mas voltando ao colapso: cabeça erguida, languidez; cabeça baixa, velocidade doida; cabeça erguida, Chopin; cabeça baixa, Queen...é a vida! Que bom poder viver estes dois movimentos!!

domingo, 13 de setembro de 2009

Comunicação Interna é mais do que comunicar

Hoje quando estava servindo o almoço de domingo, me lembrei de quanto tempo eu demorei pra diminuir o tamanho de nossas travessas. Explico melhor: minha família é grande, 5 irmãos, pai, mãe, noras, genro, netos e volta e meia mais alguém pra almoçar ou jantar. Acostumamos com mesa cheia e travessas enormes. Demorei anos pra perceber que o tamanho era inadequado pra minha família, depois que saí da casa de meus pais: uma família de 3 crianças e um adulto.
Uma coisa tão óbvia, mas durante muito tempo eu servi meia travessa de arroz, meia de feijão e assim por diante, até diminuir os tamanhos. Como a gente se acostuma com as situações e hábitos e nem questiona sobre eles... É assim também no meio corporativo. Quantos hábitos a gente simplesmente repete por anos e anos, sem repensar seus resultados? Em quantos lugares vamos trabalhar e nem bem chegamos alguém vem nos avisar que fulano é daquele jeito, cicrano deste e a gente vai repetindo comportamentos, muitas vezes inadequados e segregadores?
(um aparte que ilustra esta situação de repetição: certa vez, num trabalho de descarte, junto a uma grande construtora, foi perguntado o que tinha dentro de um armário grande e bonito, na sala de reuniões. Os dois diretores se olharam...acreditem se quiser, mas ele estava fechado há bem uns 10 anos porque um pensava que o outro estava guardando alguma coisa lá dentro...quando abriram, tinham papéis sulfites e documentos sem nenhum valor...um espaço morto, conservado pela falta de comunicação e costume, porque nesse tempo todo foram mudadas as secretárias...)
Este é um dos grandes papéis de quem trabalha com comunicação interna. Questionar o que está sendo feito, porque está sendo feito e para que, qual a finalidade. Temos que sair dos moldes repetitivos, primeiro porque não somos máquinas e segundo porque nosso papel de comunicadores é procurar não somente ferramentas e estratégias para falar de algo, mas para mudar comportamentos e buscar adesões e mesmo questionamentos sobre as propostas da empresa.
Senti vontade de escrever isto porque acho necessário que nós profissionais de comunicação entendamos esta situação. É preciso perceber a responsabilidade do que propõe.
Me lembro que falava pro pessoal que trabalhava comigo (e está em meu livro, que devo terminar...um dia...rs), mas falava pro pessoal que o bolo poderia estar lindo, retinho, bem decorado, num prato lindo, mas...se a gente tivesse esquecido o açúcar...não adiantava nada. E tem profissionais que entregam o material como se aquela fosse a meta, sem compromisso do que foi feito.
Uma situação de comprometimento - agora na assessoria de comunicação - que me recordo, é de uma vez em que estávamos fazendo um grande evento e pedi pra assessoria sensibilizar a imprensa pra vir fazer a cobertura. Na correria não vi o que tinha sido enviado...me lembro até hoje que quando vi, fiquei assustada e decepcionada. Não acredito assim, assim, que foi por falta de saber fazer, mas creio que foi atitude mesmo, do tipo “foi feito”.
Me lembro que quando Cláudia Romariz, uma excelente jornalista que era de minha equipe, viu, nos olhamos assustadas e ela rapidamente - sem a gente nem ter se falado - foi ao computador e começou a consertar a cacaca...ou seja, colocou o açúcar correndo e salvou a sobremesa. Num feedback no final do evento, o assessor que tinha feito a cacaca, me respondeu praticamente que, oras....tinha feito o bolo como eu havia solicitado...tá, meu, mas dá pra comer? Humpf!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Tem dias...

Tem dias que a gente acorda e precisa de terapia...hoje resolvi blogar!
Quando meus filhos eram pequenos ter um emprego que me pagava religiosamente todo mês, que me trazia plano de saúde, seguro, férias, décimo terceiro, era tudo de bom (acho que ainda é, mas naquela época era necessidade de uma mãe que sustentava 3 filhos pequenos sozinha e com o cuidado de que não ficassem pra trás em muitas regalias materiais dos primos e coleguinhas, mesmo que pra isto eu tivesse 3 turnos...). Mesmo assim, quando tinha meu emprego, com estas regalias todas, sempre busquei desafios reais, como compreender qual a missão daquela empresa queu trabalhava, qual sua finalidade social e o que na minha inteligência, formação acadêmica e vivência eu poderia fazer a diferença. Quem me conhece, sabe que fui e sou assim...até já me estrepei por causa disso, onde pessoas de mal com a vida não compreendiam este meu envolvimento e achavam que era simplesmente pra aparecer ou competir (até hoje não sei com quem, mas tem muitos Dom Quixotes e seus moinhos de vento).
Hoje optei – agora com meus filhos já grandes e iniciando no mercado de trabalho com o mesmo empenho e responsabilidade que sempre tive, em seguir a missão de fazer o que amo e sei: comunicação corporativa. Mais do que um “serviço”, sinto que tenho que ter a responsabilidade social de ao invés sair detonando quem não sabe ou quem ainda tá aprendendo, procurar criar metas e ensinar o sentido de fazer aquilo daquela forma e praquele objetivo. Até porque não sei tudo e comunicação é dinâmico, tem que se adaptar aos tempos, ao local e principalmente ao “pra que comunicar”. Graças a Deus tenho encontrado pessoas maravilhosas que cada vez mais tenho certeza que sou uma pessoa muito protegida e privilegiada de ter me encontrado com elas!! Tenho conseguido fazer diferença nos lugares em que estão me dando oportunidade de atuar e isto tem sido realizador!
Mas, como também tenho descoberto nesta minha vida – tardiamente, mas já diria Mario Quintana, ”antes tarde do que à noitinha” - o mundo também é sacana. Tem gente que implica, que questiona, que incomoda e se você perguntar porque, descobre que é só pra implicar, questionar e incomodar. Não existe um por que. A pessoa acordou com frio e resolveu que hoje vai implicar com quem está quentinho. Infelizmente, acredito que você tenha alguém assim e se for perto com família então, deve ser muito horrível descobrir que se é molestado por este tipo de situação.
É, a terapia vai longe, mas assim como na terapia temos tempo, aqui no blog temos espaço. Não dá pra dar tanta volta, então vamos direto ao ponto. Nestas minhas andanças de buscar novos nichos, novos desafios e formas de dizer o quanto a comunicação é importante, tenho encontrado muita gente que trabalha por trabalhar...não põe paixão no que faz. Levanta pela manhã e como seu pão de cada dia está garantido, não importa se embolorado ou com queijo cheddar, ele abre sua agenda, se perde em sua missão, esquece porque é pago, e sai detonando o trabalho dos outros. Pergunta coisas bestas, traz teorias “vejenses” (eu vejo, tu VEJA, ele VEJA...), que você pode até contestar com teorias verdadeiras e práticas vividas, mas ta na Veja. E quando você busca explicar, ele não escuta porque as palavras já estão escorrendo feito baba preta no canto da boca porque a intençao não é compreender e já está buscando outro ponto pra implicar, questionar e incomodar.
Por isto que me questiono sobre os sistemas de concursos e emprego garantido...a que preço? Que missão? Que comprometimento? Que resultado pra bendita população brasileira, que realmente quer fazer diferente, quer ser feliz sabendo que não bate ponto, mas é responsável social em fazer um trabalho com paixão e certo de que seu resultado irá fazer diferença pra um planeta diferente...é, meu avô Alano – sábio vovô Alano – dizia que todos “são doutores no que fazem, deste que façam bem feito e com amor”. Tudo bem, estou generalizando mas a terapia, ops, o blog é meu e preciso desabafar, afinal hoje é sexta e não quero passar o fim de semana sentindo o sabor de meu super vinho português avinagrar.
Você que tem o salário no fim do mês, FGTS, férias, plano de saúde, etc e tal, garantidos, seja feliz, muito feliz!!!! Mas cuide pra que seu trabalho não seja só elogiado pelo cafezinho que oferece...a não ser que você tenha uma cafeteria, é lógico!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Nó apertado

Amarrei minha dor
num pacote cor
de ouro e vermelho.
Dei dois nós apertados
e junto destes
atei meu
nó na garganta
e parti!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Vote em mim!

Pois é, parece absurdo, mas ainda tem candidato que ingenuamente pensa que basta ter bom projetos que são eleitos! Infelizmente, não é bem assim...até é triste pensar, mas tem muito político sem projeto nenhum que acaba se saindo bem. Por vários motivos, que aqui não consigo descrever e não é o caso, mas um deles com certeza é por causa de seus planos de divulgação.
Quando tem bons projetos, muitas vezes náo sabem como dizer que eles sáo seus e existem! Ou entáo tratam a comunicação como algo pontual ou pior ainda, nem tratam. Consideram que ainda é o tempo de sair só dando a mão e cumprimentando o povo, distribuindo santinho, comprando espaço de mídia e basta.
A gente conhece histórias de políticos que se fizeram por causa da comunicação, Collor e Obama, são dois exemplos – sem juízo de valor, hen?! São só exemplos.
A comunicação deve ser bem planejada com a mesma responsabilidade com que planeja sua plataforma e no mesmo tempo.
Aparecer positivamente nos meios de comunicação pode ser fator determinante para o fortalecimento e credibilidade da imagem.
Como se relacionar com a imprensa, como dar entrevistas e conhecer os meios de comunicação (Mídia Training), são conhecimentos importantes pra quem quer ser eleito. A época do “nada a declarar” é coisa de novela, de coronel. Isto não existe mais nesse tempo de agilidade e informação em tempo real. Inclusive como contratar assessoria de comunicação é de suma importância, porque neste período aparece gente aí oferecendo trabalhos que deixam muito a desejar.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Uma hora o ritmo volta ao normal

Estou numa fase que escrevo pra caramba e náo encontro tempo pra escrever aqui!!!
vou me redimir, mas agora me perdoem, tenho que descansar um pouco meus dedos de tanto digitar e meus olhos secos por estarem fixos na tela do computador tempo demais!
E assim passam os dias...e é assim que a gente faz também com os amigos e os amores...mas hoje náo consigo nem telefonar!
Aí, o post anterior a este me cutuca e me cobra...pois é!...acho que vou deletá-lo!

domingo, 16 de agosto de 2009

Mário Quintana

"Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo, a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais"

domingo, 9 de agosto de 2009

Marca sem crise

Especialista em comunicação corporativa dá dicas de gerenciamento de crise.
Marca sem crise

Perda de clientes, de reputação e de lucro. São muitas as perdas de uma empresa que passa por uma crise de imagem. Mas sem o gerenciamento da crise, ela pode ser irreversível. "Um período de crise não é o momento de recuar, mas de ter cautela e muito planejamento”, explica Sulamita Mendes, co-autora do livro “Sobreviva à Crise - um manual para superar o momento atual".

Sulamita, que é especialista em comunicação corporativa, gestão de crise, e media training, diz que é possível sim contornar crises, basta planejamento.

Consumidor Moderno: Que tipo de acontecimento pode ser considerado uma "crise"? Qual o mais danoso à marca?
Sulamita Mendes: É importante que o gestor compreenda a diferença entre crise e problema. Problema é resolvido internamente na empresa. Crise atinge âmbito externo a ela. A crise pode envolver um produto, desde sua composição, conservação e embalagem. Ou ações antiéticas de colaboradores, e processos da própria empresa.
Pode ser uma crise econômica, como a que a economia global está passando hoje e de reputação. As causas podem ser externas e internas. No caso das externas, são as sabotagens durante distribuição ou venda, ou a própria crise econômica. Já nas causas internas, podemos listar a falta de segurança na linha de produção, falha de equipamento ou de conduta.
Em termos de danos de imagem, não tem o de maior ou menor intensidade. Todos são sérios, alguns até irreversíveis, mas todos trazem resquícios para marca.

CM: Qual a primeira providência que o executivo deve tomar? E a pior?
SM: A primeira providência vem antes mesmo de uma crise ser instalada. Na verdade, é preciso ter um bom planejamento, que englobe até a prevenção de crises.
A pior providência é não tomar conhecimento ou fingir que nada acontece...aí foge do controle.
Então, de uma forma prática, supondo que não foi feito um plano de crise anteriormente, a primeira providência é montar um comitê gestor e rápido, pois os primeiros momentos são os mais importantes.

CM: Em caso de crise, existe um roteiro que se deva seguir? Como saber se ele está funcionando para reverter a crise?
SM: Sim, deve existir um roteiro a ser seguido, que é a montagem de um Comitê Gestor de Crise ou comitê Emergencial. Este Comitê deve reunir colaboradores de todos os níveis, do operacional à direção e deve envolver todas as áreas. Isso cria agilidade, porque cada colaborador encarregado pela sua área será o responsável por conduzir seus companheiros para a melhor forma de conter a crise.
E isto deve ser montado antes da crise acontecer pra que as perguntas norteadoras das ações devam ser feitas antes e não durante - isto atrapalha tanto na agilidade quanto na neutralidade emocional das tomadas de decisões.
Sem contar que a crise não pode interferir na continuidade da produção da empresa e o comitê tem que prever quem continua trabalhando na rotina diária e quem deve mudar de rotina em função de contornar a situação.
Existem casos de grandes empresas em que são necessários mais de um comitê, como por exemplo, comitê de comunicação interna e comitê de comunicação externa, claro que interligadas.
Mensurar resultados é a forma de perceber se está acertando nas decisões. Por exemplo, a imprensa está toda batendo à porta pra ter informações. Criar uma forma de atendê-la, como uma coletiva, um blog, um release, um relatório, um porta voz treinado, pode diminuir a procura da imprensa. Se não diminuir é porque as informações estão inadequadas, muito técnicas ou imprecisas.
Algumas situações de crise demoram para serem revertidas. Pra isso é preciso um plano de ação que priorize o que é mais urgente, já com prazos e metas a serem atingidas. E monitorar, acompanhar o que está sendo feito.
Lembre-se que um planejamento não pode ser "engessado", não pode ser feito e pronto. Ele é um norteador pra não se perder do foco.

CM: Conte um caso de gerenciamento de crise em que você tenha participado.
SM: Eu trabalhava para uma organização nacional. O nome de um dos colaboradores apareceu em toda a mídia nacional, envolvido em um escândalo. Imediatamente e de forma discreta, fui até o RH e verifiquei nome e documentos. Foi um daqueles lances de experiência que me fez fazer isto primeiro. Logo verifiquei que era um homônimo... Nosso colaborador, coitado, tinha o mesmo nome daquele que estava envolvido no escândalo...e por azar nosso e dele, ele estava fora do país, o que poderia comprometer mais ainda a imagem da empresa e a dele, porque poderia transparecer fuga.
Após informar a diretoria sobre o ocorrido, minha equipe e eu nos organizamos em preparar dois documentos: um detalhando para todos os colaboradores o ocorrido. Outro, para a imprensa. Enquanto isto, eu tentava localizar o colaborador para que ele soubesse da notícia por mim, e não de outra forma. Orientei a ele de que se procurado pela imprensa apenas respondesse que se tratava de um homônimo e que a assessoria de comunicação poderia dar mais detalhes. Quanto menos falar nesta hora, é melhor. A mesma recomendação passei para sua família.
Apesar de todo o cuidado, o porteiro do prédio deu uma declaração a um programa sensacionalista. Mas nada grave, conseguimos depois uma nota de retratação.
Voltando aos fatos. Como tanto eu como minha equipe mantemos uma relação aberta e verdadeira com a imprensa, nenhum meio, jornal, rádio, internet, do Brasil, deu continuidade ao equívoco.
Este é um exemplo que mostra que gestão de crise não fica restrita à empresa, neste caso extrapolou pro meio familiar. Também é interessante perceber o relacionamento anterior tanto com a imprensa quanto com os colaboradores da empresa, que confiaram nas informações passadas e não fizeram “rádio corredor” ou publicaram informação incorreta. Como essa empresa já tinha um histórico de treinamentos em media training, não precisei perder tempo em explicar, mas só em orientar.

CM: Comente um case de gerenciamento de crise que você considere emblemático.
SM: Este caso recente da Air France, mostra um caso que deu certo. Foram ágeis em retirar os clientes do salão de check-in - isso poderia gerar um estresse maior entre os familiares e os funcionários, como a gente viu em outros casos semelhantes de acidente aéreo.
O tempo todo havia um porta-voz que passava informações, dando o mínimo de margem pra alguma matéria mais sensacionalista. Os familiares foram deixados isolados, evitando desta forma cenas de dor que podem ser utilizadas de forma negativa tanto pela imprensa, quanto por pessoas que aproveitam pra aparecer. Enfim, foi muito profissional.
Em relação a crises que não foram contornadas, basta a gente lembrar os dramas de outros acidentes aéreos anteriores. Funcionários foram agredidos ao invés de compreenderem a dor e desespero do outro que não tinha informações dos parentes. Eles tinham que ter sido treinados antes e sair do foco. Faltou treino! Media Training!

Gostaria de deixar o alerta de que hoje é muito mais fácil uma empresa ou pessoa ter sua imagem destruída, inclusive por má fé. Os meios eletrônicos são ágeis e basta uma foto na internet tirada de um celular, por exemplo, pra colocar em risco todo um trabalho ético e um nome de um profissional respeitado. Claro que existem as leis, mas é bom ficar alerta! A transparência nas atitudes e nos negócios não é só uma questão de governança corporativa, mas também de gestão de crise. Se existe uma conduta anterior ética, é mais difícil emplacar uma notícia destruidora, negativa.

(pulbicado em julho deste ano http://consumidormoderno.uol.com.br/zmi/consumidormoderno/canais/vendas/marca-sem-crise/view

sábado, 8 de agosto de 2009

Líder e Ego


É incrível perceber ou até mesmo não perceber a diferença entre liderança e ego. O líder entra em conflito, muitas vezes, com o próprio ego.
A direção não é aquela, a tomada de decisão é equivocada e os liderados até conseguem perceber a falha e compreender o que se deve fazer, planejar ou assumir para contornar o erro e vencê-lo. Mas o ego do líder atrapalha e ele não tem a humildade em ouvir e rever suas decisões com os liderados. O que se percebe é o ego falando mais alto.
Líder não é aquele que dita as regras o tempo todo; não é aquele que sabe todas as respostas. Liderança é pensar na sobrevivência, no bem estar e na produtividade da equipe. É claro que não pode desviar do objetivo ao qual o grupo foi estruturado, seja desenvolver um trabalho, obter lucro, vencer o concorrente. Mas a que preço? É este “canibalismo” que eu condeno.
Quando o líder não consegue perceber que seu ego está interferindo em seus resultados e não consegue ouvir o grupo e nem deixar que sua intuição ou sua experiência lhe digam que é hora de colocar o ego na gaveta e ouvir o que seus aliados têm a dizer, pode estar colocando todo um projeto ou mesmo uma empresa, em perigo.
O líder não precisa saber a resposta, mas tem a obrigação de saber onde ou com quem poderá buscá-la. Ouvir os liderados e descobrir que eles sabem o que pode ser feito e considerar sua opinião e conhecimento não só pode salvar o projeto, como pode motivar a todos que participem e se envolvam. Pode, inclusive, ser um aprendizado de como verdadeiramente trabalhar em equipe. É um exercício. Vá lá: ouça, pergunte, delegue, experimente compartilhar. Verá que sua carga na liderança ficará mais leve, mais prazerosa.
O verdadeiro líder vai à frente sem medo de revezar. O que tem medo do revezamento é aquele que usa o cargo como seu bastão na caminhada e não o seu conhecimento.

(artigo que publiquei nesta semana, no jornal de Cascavel, minha terrinha de origem, O Paraná)

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O que bolinho de chuva, gato e tricô tem a ver com inovação

Já imaginou fazer tricô com um gato ao lado? Não imaginou?...então não tem gato...porque não tem como fazer tricô com gato ao lado. Bem, ter tem, mas fica um ponto apertado, outro frouxo, uns dois que se perdem e tem que se buscar correndo pra não perder mais outros....sem contar que lã escura, nem pensar se o gato tiver pelagem clara, senão a malha já fica mesclada.
Oras bolas, pois fazer tricô com um gato ao lado é que nem querer inovar com uma criatura ao lado duvidando de tudo e mais um pouco. Fazer a gente faz, mas o estresse e os pontos que podem passar sem a gente perceber ou apertar porque tem medo de perder, é igualzinho no tricô.
Dizem as pesquisas, principalmente a do Global Entrepreneurship Monitor (GEM)que o Brasil é um dos países mais empreendedores. Ainda, infelizmente, esse número representa empreendedorismo por necessidade e não por oportunidade. Mas também se diz que o Brasil é um dos países que menos inova....
Sem me aprofundar, considero que um dos obstáculos da inovação é a forma de gestão que eu chamo de "gestão do medo" porque ainda temos gestores que fomentam a competição negativa entre seus colaboradores. Isto acaba gerando um clima organizacional terrível onde se perde mais tempo na discussão do que foi feito de errado ou pior ainda, de quem fez errado, do que na busca da solução.
Cruzes! É exaustivo!
Já foi feito errado, agora rápido, encontre a solução e não a punição. É claro que numa gestão de crise ou nem precisa tanto, é preciso perceber onde está o erro e o que aconteceu, mas pra avaliar resultados, arrumar rumos e não pra dar de dedo na cara de ninguém.
Oras, chá com bolinho de chuva é uma delícia e falar amenidades também, mas desde que seja fora do horário do expediente e não prejudique ninguém, como indivíduo e como profissional.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Caminhante

"Sou apenas um caminhante que perdeu o medo de se perder" - Augusto Cury

domingo, 19 de julho de 2009

É preciso amolar o machado

Conhece esta historieta? Não sei se é fábula ou o que, só sei que a li há muito tempo!
É mais ou menos assim:
Um lenhador jovem, papudo pra caramba, vivia se gabando que era o melhor da aldeia. O lenhador mais velho, mais sábio, nunca deu bola... Mas os aldeões estavam chateados porque ele não se defendia e começaram a acreditar que o jovem era o melhor! Então um dia o velho aceitou o desafio e todos foram até a floresta. Iniciaram o corte das árvores.
Lá pelas tantas o velho se sentou e o jovem mal conseguia esconder o tanto de satisfação ao ver o que ocorria...
Quando terminou o tempo da competição, o jovem sorria de alegria e arrogância... Quando fizeram a medição... o velho ganhou! O jovem gritou, disse que houve chuncho e tudo aquilo que a gente conhece de alguém que não aceita perder. Ele gritou e esbravejou tirando sarro, falando que o velho sentou por pelo menos duas vezes, então, como ele poderia ter cortado mais que ele? Ao que, calmamente, o velho respondeu dizendo que quando ele o via sentado, ele estava amolando seu machado!
Moral da história! tem que ter? ah, você já entendeu.
Bem, além das que você viu, arrisco dizer que uma delas é que o planejamento não é brincadeira. A outra é que a gente pode admirar, descansar e curtir o que faz, mesmo que a gente sue a camisa! Por que ter o clima de competição ridícula o tempo todo? Outra coisa: não queira ser o bambambam menosprezando o outro, mostre que é bom porque é verdadeiro e não menosprezando o que os outros fazem! Pare, meu amigo, pare pra respirar, estudar, rever conceitos, mudar o rumo, sorrir, ver os filhos, acariciar o gato, remar no lago, jogar graveto pro cachorro, cozinhas na lentidão do fogão à lenha... Diversifique o que faz e viva!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Internet nas campanhas eleitorais

Impossível não me lembrar de um episódio que me aconteceu logo nos primeiros anos do uso da internet como meio de comunicação corporativa.
Um colega, conhecido pela sua forma autocrática de ser, me chamou pra conversar, estarrecido com o tanto de "bobagens que estavam passando pelo email". Concordo com a análise dele, porque se tratava de uma novidade e como em toda novidade a reação é de curiosidade e uso até esgotar...é claro que precisa de regras, mas me recordo que na época o que mais me chamou a atenção é que ele estava era procurando uma forma de censura, se não com regras, com intimidação, chamando as pessoas e passando um sabão...ele estava totalmente na contra mão do que o pessoal de informática tava pedindo, que era provocar que os colaboradores deixassem de ter medo do computador e que o usassem.
Entonces, as regras tinham que existir, mas não poderiam ser censuráveis, no sentido de tolher a vontade e causar medo do novo brinquedinho, ops, do novo instrumento de trabalho.
É sempre importante lembrar que a internet é uma ferramenta de trabalho e assim como você não deve pegar o telefone e abusar com ligações pessoais, não deve fazer uso dos meios digitais de forma abusiva.
Mas hoje não me aprofundarei no tema dos usos dos meios digitais na comunicação corporativa e vou à ideia que originou este post que é o projeto aprovado pela Câmara dos Deputados para o uso da internet nas campanhas eleitorais. Não tem como não rir! E olha que não sou expert em meios eletrônicos, mas até que sei de sua forma e força como meio de comunicação.
Ri de perceber o desespero da tentativa de controlar, como se fosse uma concessão governamental para sites, blogs, twitter...oras, podem até controlar os sites de noticias dos meios de comunicação, mas não podem controlar a rede mundial. Essa força de comunicação, de meios digitais de comunicação, é um anarquismo que deu certo. Há regras a serem seguidas, mas acima de tudo, há o livre arbítrio ditado por um botãozinho chamado “delete”.
Não tem como controlar o mundo virtual, mas tem como voltar a ensinar o que é ética, tanto nas famílias quanto nas escolas. Tem que voltar a se ensinar a importância das palavrinhas mágicas, ”por favor, com licença, obrigada.” Que os políticos e a população tenha ética e não que os meios de comunicação sejam controlados porque estariam tirando com a cara de um político. Oras, o meio corporativo já percebe que tem que ser transparente, por que os políticos, que a gente colocou lá naquele cargo pra nos representarem, continuam insistindo em ser opacos?
A proibição libera e amplia o uso de novas formas de divulgar. Libera a criatividade deste povo altamente criativo, que é o povo que trabalha com comunicação - jornalistas, publicitários, relações públicas, designers. E com certeza, se a proibição vingar, este povo já estará a mil procurando alternativas inteligentes pra contorná-la.
Me fez lembrar da imprensa alternativa, dos jornais nanicos...mas esta é outra história...será?

domingo, 12 de julho de 2009

50 anos de música

Roberto Carlos. Rei Roberto Carlos. Acho que todos tem uma música que lembre alguma passagem de sua vida...ou um mico, porque se pegou gostando de alguma música dele, mesmo escondido. Vai, tem uma música dele que te emociona... eu, particularmente, ouvindo o show de 50 anos, viajei pra caramba... Me lembrei de coisas que vivi, que nem sei em que canto do cérebro estavam guardadas ou escondidas.
A primeira lembrança que tive foi com minha infância, em Cascavel. Uma infância tão cheia de brincadeiras, de amigos. Uma pena, a maioria nem sei por onde anda, mas terminando de escrever aqui no blog, ligarei pra minha amiga Maria Helena.
Depois, na adolescência, véspera de faculdade, em Curitiba, me lembrei de um grande amor perdido...por onde anda? Por uns instantes até me perguntei se ele estaria assistindo, já que o show era em sua cidade, o Rio.
Lembrei pra caramba de meu irmão Bira, que não está mais neste plano terreno conosco há muitos anos, e como ainda o amo e sinto saudades.... Uma saudade doída que acho que nunca irá sumir. ”Como é grande o meu amor por você!”
Me lembrei de minha irmã que tinha aquele bonequinho do Roberto Carlos. Alguém conheceu? E meu irmão mais velho, que sempre foi muito parecido com ele e depois, há pouco tempo, teve a oportunidade de recebê-lo em sua clínica. Imagina a emoção...
Enfim, a gente tem um rei e este rei é Roberto Carlos!
Deixa parar pra não pagar mico de ter ficado emocionada!
Ana Lia: tu ta lá no show?? Tenho quase certeza que sim!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Com dez tíquetes, a 11º pizza é grátis


Conta lá, meio da semana, quarta-feira, vamos reunir a galera...quantos tíquetes de pizza você tem guardado pra gente ganhar uma? Se for o caso, aquela de atum que ninguém gosta...hum!
O quê?! Você não tem? Não encontra? A diarista jogou fora porque você se esqueceu de cortar da caixa?...não acredito, cara...

Pois é. Programa de fidelidade pode dar nisto...em pizza, que no Brasil significa, em nada.
Uma dica é não sair por aí fazendo promoções alheias. Programa de fidelização parece que virou moda. Modismo é aquela coisa pronta que um faz e o outro copia sem fazer uma análise prévia se é por aí, feito macaquito. É claro que as boas soluções devem ser copiadas, mas não recorta e cola...tem que ser pelo menos como um quebra cabeças, onde as peças devem se encaixar e se uma for colocado fora do lugar, não entra de jeito nenhum.

Esta história dos tíquetes é um exemplo. Virou moda! Mas o que você quer com o programa de fidelidade? Aumentar a venda por si só? Vender, vender, vender, a qualquer custo?

Em tempos de crise este pensamento tão simplista de uma estratégia de marketing e de venda é no mínimo estranho e amador!
Se vender, ótimo, é ganho. Mas é preciso se relacionar com o cliente, saber quem é, o que deseja quando entra em sua empresa.
Ou seja, um programa de fidelização do cliente deve ser uma estratégia de marketing, que leva também à venda. Mas precisa agregar valor ao produto ou serviço e o cliente precisa perceber. Precisa estar às claras. Precisa perceber que foi pensado nele, no perfil dele.
Duvido e deodó que você nunca tenha entrado numa loja e a própria vendedora comentado que tal produto (que você tanto quer e paga qualquer preço), é caro...você murcha! Até compra porque quer muito, mas aquele comentário te deixa um pouco intimidado com a vendedora. Estou falando A vendedora porque eu vivi isto e foi bem ruim (mas o vestido ficou lindo!)

Em resumo: pra implantar um programa de fidelização é preciso conhecer o público, definir o foco do projeto, deve ser perceptível a vantagem para o cliente e ele tem que sentir que foi feito pra ele, sob medida. Por que ele se sente único, leva amigo, leva parente, leva até vizinho chato só pra mostrar o quanto é importante...

E da próxima vez que for implantar esta idéia de guardar 10 tíquetes, ao invés de deixar o cliente recortar os tíquetes da caixa de pizza, que tal você fazer o controle? É. Você controla e avisa da promoção. Entra em contato de vez em quando pra informar como estão os pontos, como ele pode resgatar ou até mesmo oferecendo aquela pizza de atum com um desconto, já que só faltam dois tíquetes pra ele ganhar uma ‘di grátis’. Não é outra coisa? É você se relacionando...

terça-feira, 7 de julho de 2009

Manual de crise concorre com Globo


Pois entáo, gente, fizemos um acordo com a Globo e liberamos a arte da capa de nosso manual pra eles usarem no novo seriado, qualquer coisa como "Som e Fúria". Na verdade quem liberou foi a Segmento, agência publicitária que desenvolveu a arte pra gente, pra Karin e pra mim.
Nos sentimos orgulhosas de ter colaborado com o pessoal de criaçao da Globo!!! - rs
Brincadeiras à parte, aconteceu ai uma coincidência de identidade! (ainda bem que publicamos antes, ufa!). Mas é importante saber que esta também pode ser uma causa e séria de gestáo de crise. Oras, quem registrou antes, quem divulgou antes, quem publicou antes...tem os direitos. Mas independente disto, quantas empresas desenvolvem um projeto ou lançam uma identidade visual (como no nosso caso do livro e do seriado) e alguém paralelamente e sem intenções escusas, lança e concorre o espaço com você.
No caso do "Sobreviva à Crise", torcemos pra que o seriado continue com o padráo global, porque aí podem ser relacionados com a mesma qualidade com que escrevemos e detalhamos nosso manual de gerenciamento de crises. Mas existem momentos em que uma imagem remete para um mal serviço ou mal produto e nosso produto é relacionado e identificado com ele....é uma questáo séria de crise de comunicação. Também já aconteceram inúmeras vezes de uma fotografia que ilustrava uma matéria negativa, tanto num veículo impresso, quanto num digital ou TV, lembrar um tal produto ou ainda a embalagem aparecer e todos se lembrarem que marca, que produto era...é gestáo de crise. Você tem como recorrer e DEVE recorrer. E rápido! Os primeiros minutos sáo cruciais e se você demorar, irreversíveis.
Gestão de crises! No Manual a gente faz uma análise dos pontos dentro de uma empresa que podem remeter a uma situação de crise e o que pode ser feito!
Sim, a gente ainda está vendendo para o Brasil todo! É só nos procurar que remetemos via correio.

domingo, 5 de julho de 2009

Bucólico Empresarial

Fiquei pensando de onde vem a intolerância...hoje dá medo de até paquerar no trânsito e levar uma fechada...será que é o frio curitibano e a pessoa tem dormido descoberta?...
Sei lá, mas se na rua a comunicação está assim...imagina se não tá respingando na empresa...
Empresa deveria ser um ambiente pras pessoas focarem em seus propósitos e celebrar seus resultados! Mas será que isto acontece assim, desta forma tão fluída e cor de rosa? Não sei...
É a tal da comunicação verbal e não verbal, com certeza, mas principalmente é a tal da educação! Oras, como dar algo que a pessoa não teve? – irc, que chavão – mas aqui é o momento. A pessoa pode até ter uma vida cruel no seu lar, mas ela pode e deve querer mudar...pra isto é preciso que erga a cabeça e perceba outros modelos. Perceba formas de enxergar diferente. Leia, leia, leia e conheça novas culturas pra perceber que esta história de certo e errado é relativo, em culturas diferentes. Descubra novos olhares!
Ops, mas não vamos tão longe. O que quero passar como dica e oportunidade é que com a tal da competitividade empresarial cobrando cada vez mais resultados mirabolantes, as empresas têm que implantar planos de comunicação interna que inspirem o coletivo, que ressaltem o pertencimento nos resultados e mesmo antes, no planejamento.
Comunicação interna não é algo de total responsabilidade da área de comunicação e muito menos de recursos humanos, gestão de pessoas. Deve ser algo comandado por estas duas áreas, mas que permitam e motivem outras áreas a participarem. Desta forma o projeto não parecerá que tem segundas intenções, dadas pelo RH, e muito menos informar, informar, informar, pela Comunicação.
Mas interessante, estou fazendo diagnóstico de necessidades de comunicação, numa média/pequena indústria no interior do estado. A harmonia lá dentro é fantástica! O ambiente é acolhedor e depois, conversando diretamente com os funcionários você percebe que é isto mesmo, que isto é verdadeiro. Eles se ajudam, são amigos, compartilham e celebram. Refletem o bucólico do local externo, no ambiente interno da empresa! Por isto que estão crescendo, podem ter certeza! É algo deles, é resultado do empenho deles! Conhecem a história da empresa e contam com orgulho como tudo começou! Que nunca percam esta energia e este comprometimento!

terça-feira, 30 de junho de 2009

OAB aponta caminho para que decisáo sobre diploma para jornalistas seja revista

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, disse à Agência Brasil que é possível o Supremo Tribunal Federal (STF) rever a decisão sobre a dispensa de diploma de curso superior para a prática jornalística. Segundo ele, isso poderia ser feito de duas maneiras: por embargo de declaração ou por meio de uma ação embasada em novos fundamentos. ;O STF não considerou que há, na imprensa, espaço para os articulistas, e que a liberdade de expressão não estava tolhida da legislação brasileira, até porque 42% dos profissionais que produzem conteúdo não são jornalistas;, disse.

Britto argumenta que a ;confusão; do STF sobre o que o seja a profissão de jornalista possibilita a utilização de um instrumento jurídico chamado embargo de declaração. ;Esse tipo de instrumento pode ser utilizado quando são identificados pontos omissos, erros ou contradições durante o processo;, explica. ;No caso, o embargo de declaração estaria relacionado aos pontos omissos, porque não foi observado que os colaboradores já têm espaço previsto para a manifestação de pensamento. Ao analisar esse ponto omisso, o resultado do julgamento poderia ter sido outro;, disse o presidente da OAB.

Segundo Britto, há, ainda, a possibilidade de uma outra ação impetrada apresentar novos fundamentos que convençam os ministros a mudar de opinião. ;A liberdade de expressão não é comprometida pelo diploma;, disse. ;E não há exclusividade para os jornalistas no que se refere a manifestação do pensamento;, afirmou.
Fonte: Conselho Federal

domingo, 28 de junho de 2009

Colcha de detalhes

Estou feliz com minhas empreitadas! aprendendo a valorizar pequenos detalhes e pequenas conquistas! percebendo, como acredito que sempre percebia, mas não intensamente, que a vida é realmente uma colcha de detalhes! de vez em quando bate o medo....mas respiro fundo e rapidamente me lembro de tudo que já passei e que ainda posso contribuir no mercado produtivo!
É recorrente em meus diagnósticos, principalmente no primeiro contato, a pergunta do que eu posso fazer. Então percebo como tem o que fazer em comunicação corporativa...é de impressionar... É até difícil mensurar valor de trabalho ou mesmo de tempo quando a gente começa a ver que se puxar um assunto pra organizar, vários outros começam a aparecer...é preciso foco, pois ninguém é faz tudo ou sabe tudo, é preciso cautela pra não atravessar cultura instalada nas empresas e causar um caos organizacional. Sim, conforme o que se orienta, por mais que em grandes centros mundiais seja o correto, num pequeno negócio brasileiro pode ser um erro. Descobriu a América? ....isso a gente tá cansado de saber...pois é, mas estava eu semana passada fazendo levantamentos pra um diagnóstico e percebi algumas orientações que um consultor tinha feito anteriormente...o que ele ensinou não era errado, mas bastante desfocado da realidade local. Até complicado em redirecionar ou adequar ações...um cuidado ético, pode-se dizer, pois cada um faz de um jeito, mas...Viu?! parece óbvio, mas ainda tem profissional que dita regras iguais, como um papagaio. Pra mim foi interessante porque serve de alerta pra que eu não faça este tipo de análise.
Outro ponto é alertar pra que não leve em conta o achismo....pelamordedeus, não leve em conta o achismo...hoje temos como pesquisar, como analisar, como ter um mínimo de informaçao pra fazer um bom diagnóstico. Ainda num outro momento, noutra situação, fui questionada sobre algumas ações, bastou fazer algumas perguntar básicas pra ficar claro que não era uma percepção correta...era um achismo...ainda bem que nestas horas o tempo de experiência conta e muito e pede cautela num redirecionamento ou no direcionamento de um plano de trabalho.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Coluna de Ana Paula de Carvalho - Bem Paraná

Caça ao diploma de jornalista na inquisição chamada Gilmar Mendes
A imprensa, também chamada de quarto poder, sempre é tida como a vilã para os erros da sociedade como se os jornalistas tivessem responsabilidade sobre a corrupção de políticos que pulula em Brasília, a compra de votos nos currais do nosso país, o abuso de poder ou o tráfico de influência. A verdade estampada nos jornais fere quem não tem compromisso com a ética e com o uso correto da máquina pública e de sua responsabilidade com relação à população.
Essa mesma verdade com que os jornalistas são “contaminados” com certeza incomodou o magistrado Gilmar Mendes, que processa jornalistas que o criticam e acredita em uma imprensa controlada.
Quem sabe no governo chinês ele fosse feliz ao controlar o que é noticiado ao mundo. Nem precisamos ir muito longe. Se fosse braço direito de Hugo Chavez, “el Mendes” teria carta branca para impor um regime de perseguições a bel prazer e sem nenhum respaldo legal a cumprir.

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Contradições
Em uma época em que o governo federal aposta no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) numa tentativa longínqua de excluir o vestibular e quando lança mão de uma estudante indo às lágrimas dizendo que o sonho dela era fazer Medicina, que exemplos contraditórios estamos recebendo?
Um país de todos ou um país para quem seguir a cartilha do bom cidadão, onde bom aqui se entende em concordar com tudo e fazer vistas grossas ao que não dá certo em várias áreas da vida em sociedade?
Jornalista não é aquele que só critica, mas quem também busca sugerir soluções, é a voz dessa sociedade ao exigir o combate à violência, ao expor nas manchetes as filas de idosos todas as manhãs em busca de senha para conseguir atendimento médico, ao brigar pelo direito dos contribuintes para que seu dinheiro seja bem investido.
Quando o governo estipula regras para regular o estágio que era usado por muitos empregados para ter mão-de-obra barata, agora uma decisão do STF vai contra a maré ao potencializar um fenômeno que já provoca um estrago razoável na composição das redações dos grandes veículos de comunicação: a proliferação de trainees, que agora passam a ser fábricas doutrinando futuros “jornalistas”.
Ao invés de termos viabilizado a melhoria dos cursos de jornalismo, de termos criado condições para que os grandes jornalistas brasileiros se animassem a dar aulas para os jovens aspirantes a repórteres, chegamos a esse abismo no fundo do qual se comemora uma derrota.

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domingo, 21 de junho de 2009

GPS

Garrafinha de água na mão, neosaldina no bolso, bala de hortelã, chamei um táxi. Estava em cima do laço pra uma reunião às 10 da manhã. Curitiba já não é a mesma, já tem engarrafamento...já buzinam no trânsito e ainda não aprenderam a dar seta. Agora já sou curitibana, mas não me enquadro nesta categoria de não saber pra que serve aquela luzinha que pisca pra direita ou pra esquerda!
Mas neste sábado pela manhã, minha preocupação maior era se meu cérebro acordaria meu corpo ou iria engatar na languidez normal de um final de semana e dos resquícios de uma ressaca noturna. Boa ressaca, mas incômoda como todas.
Acelerada...(acelerada, Sulamita? Eu acelerada? Imagina... que fazer se ja nasci com multa por excesso de velocidade? rsrs)
Acelerada, tinha que respirar e procurar relaxar....e como? naquela velocidade de tartaruga e parando quando o sinal mal tinha ficado amarelo? A situação é que não era meu cérebro que estava adormecido...era o motorista de táxi! Gentieee!que é isto? Agora este povo que não conhece a cidade e liga o GPS e faz um caminho que você fica pensando se tão te enrolando ou se é o caso de ficar realmente preocupada e vc vê que vai se atrasar porque o dito cujo prefere confiar numa maquininha que não consegue identificar caminhos paralelos e mais rápidos nem calcular se é hora de rush ou não e a gente fica refém com uma vontade louca de sair do carro e ir à pé, mas...respira, respira, respira...Cheguei em tempo, mas ele errou o caminho! não vou julgar e comentar nada! Acho que era a ressaca! Tudo bem, mas não é a primeira vez que ando mais e por isto, pago mais por causa desse danado do GPS...um conselho? Peça táxi de motorista que conheça a cidade e não use GPS...por falar em GPS, por que mesmo que resolvi escrever sobre isto? Ixi, me perdi!

sábado, 13 de junho de 2009

Um plasil, por favor...

Me lembro que quando eu estava no Sebrae, muitas vezes tínhamos pautas super interessantes, curiosas até, sobre o que os empresários de pequenas empresas estavam fazendo. Me recordo que não foi só uma vez que eu acabei ligando (apesar de ser contra esta história de ficar incomodando o pauteiro), mas acabava ligando admirada que tal veículo não estava lá cobrindo aquele assunto, que de tão interessante poderia ser dito que era de “utilidade pública”.
Pois bem, quem é de assessoria de comunicação sabe da saia justa de ter que explicar pro chefe porque a tendência de moda de bolinhas nas saias godês, num jornal de economia, é mais importante que uma inovação dentro de uma empresa que tirou uma associação inteira de empresas, do vermelho...
Pra dizer a verdade, em muitos momentos, nem eu compreendo, mas deixa pra lá. Sabemos que é a urgência do fechamento, as sugestões de pautas que não contribuem em ser objetivas e atrair à atenção do pauteiro, é o release que saiu com 3 laudas, como matéria pronta, quando deveria citar os pontos e servir de referencia pra nosso coleguinha na redação aproveitar como ponto de partida pra fazer a sua própria versão...sei lá, são muitas as possibilidades, inclusive linha editorial e intereses econömicos do veículo.
Agora, convocar uma coletiva onde um suposto assassino daria declarações pra imprensa...gente....blublublublu....rebobinando....convocar uma coletiva onde um suposto assassino daria declarações pra imprensa....estou noutro planeta ou alguém pode me dar uma luz? Além de um plasil.....
Não o estou condenando, mas só estou dizendo que não há necessidade, não há pauta....a garota estava traumatizada e voltou atrás em algumas coisas que falou?...náo diminui o horror que viveu...A história deste cara só interessa realmente ao tribunal.....sabem, confesso que fiquei muito chateada inclusive quando vi que os jornais deram destaque pra decisão do secretário da justiça de proibir a coletiva. Não acredito que isto esteja afetando ao direito ou à liberdade de imprensa...náo acredito mesmo...náo precisamos dar aulas, via imprensa, pra que outros assassinos de outros morros, além do boi, possam perceber o tesáo de matar e depois ainda poder fazer uma clipagem pra sentar na frente da TV, comendo pipoca e vendo e revendo seu feito, talvez com os filhos, como naquele caso de SC...
To ficando louca? Quem deixa passar este tipo de pauta? E foi destaque de capa....náo seria mais proveitoso acompanhar o investimento da vacina pra evitar essa pandemia? Não seria o caso de acompanhar essa coincidência de pandemia e laboratórios? Tem tanta coisa pra ser publicada....suspeito não tem que ter voz....nem antes, nem durante e nem depois do julgamento. Tem que colocar a viola no saco e levar sua vida...

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Ocupe seu espaço


Nestes dias de frio, e bota frio – BRRRR – nosso gato Gergelim aí da foto tem dado uma de espertinho! Faz três noites que ele vem pra minha cama e se enrosca na minha cabeça.
Acordo com meu cérebro querendo derreter de tão quente que é a pança do dito cujo. Isto faz com que toda manhã meus cabelos fiquem espetados pela eletricidade estática ...dos males, este não é o pior. Ele que não é bobo nem nada, sempre escolhe o travesseiro mais fofinho...eu o tiro de lá, juro, mas ele volta e aí me pego de manhã dormindo sem travesseiro com o danado todo refestelado no meu lugar.
Pois bem, sempre oriento que o bom profissional, não importa qual a área nem o cargo, deve ocupar o seu espaço. E tem mais, digo pra ocupar o seu espaço, caso contrário poderá permitir que um medíocre o ocupe.
Atualize-se, faça cursos, leia, participe de grupo de discussão, esteja seguro de suas qualidades e limitações, mas seja justo com você. Em vários momentos aparece uma oportunidade pra mostrar seu trabalho e você fica se perguntando se deveria... oras, muitas das vezes que você não se manifestou depois se frustrou ao ver o que foi entregue, com falhas básicas que você tiraria de letra...ah vá que você não passou por isto ou que não conheça nenhuma história assim... Ou então, pior ainda, que você teve que refazer o trabalho do dito cujo que empinou o nariz e disse que faria e você, depois, foi designado pra consertar as cacas...
Ocupe seu espaço! Com cautela, parcimônia e sabedoria. Aprenda a trabalhar em equipe, divida seu conhecimento com pessoas dignas de compartilhar sua experiência, auxilie e peça auxílio, mas ocupe seu espaço, caso contrário pode permitir que um medíocre esteja lá...e muitas vezes dando ordens pra você e levando seus louros.. Boazinha sim, mas bobinha...me poupe!
Bem, deixa ter uma conversinha com Sr. Cat Gergelim! Fui!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

PERDEU - campanha já está no ar


Faço parte do Casem - Conselho de Apoio para a Sustentabilidade Empresarial, da Associaçao Comercial do Paraná. Bem, nessa semana lançamos uma campanha antidrogas no município de Curitiba.
A campanha ficou super bacana. Dëem uma olhada lá no www.perdeu.org.br
Pretendemos que a campanha PERDEU seja uma das mais completas campanhas antidrogas já realizadas no Estado. Isto porque não é uma campanha da ACP, mas sim, uma construção parceira entre nós e a Secretaria Municipal Antidrogas, da Secretaria Estadual da Saúde, do Centro Psiquiátrico Metropolitano (CPM), da Secretaria Municipal da Saúde, além de profissionais do setor da saúde, de gestão empresarial e do meio de comunicação e marketing.
A campanha faz parte de um programa com várias ações. Nessa primeira parte estaremos informando quais os pontos de apoio e tratamentos já existentes, por empresas privadas e públicas. Observamos em várias reuniões, quando estávamos estruturando esse programa, que os cidadãos desconhecem onde buscar ajuda. Como uma ação de responsabilidade social, estaremos divulgando esses endereços e serviços. AS outras etapas deverão compreender prevenção e reinserção no ambiente do trabalho e social.
Quantos cidadãos curitibanos vivenciam o contato com usuários de drogas e não sabem o que fazer? A Campanha PERDEU tem essa principal função: mostrar pra sociedade que pode pedir ajuda e que já existe estrutura para que ela seja ajudada!
A gente tem panfletos, cartazes pra önibus, outdoor e peças pras portas de banheiro, além do site e um telefone de contato. Se alguém qiser distribuir, é só entrar em contato!

Manual "Sobreviva à Crise"



Várias pessoas tem perguntado sobre o manual "Sobreviva à Crise - manual sobre gerenciamento de crises".
Como é uma ediçao pessoal, enviamos por correio. É só entrar em contato conosco: sulamita27@gmail.com ou karin@talkcomunicacao.com.br

Valeu!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Media Training

Com o imediatismo das mídias digitais, principalmente as alternativas, como blogs, twitter, sms, as empresas deverão se ligar com a transparência, quase que obrigatória, na comunicação com seus diversos públicos. Quem estiver fora dessa realidade, deve questionar o papel social de sua empresa, de seus negócios e de sua própria imagem empresarial.
E é principalmente na hora de um estresse que observamos se as organizações estão preparadas pra sobreviver ou superar o momento estressante. Veja o exemplo de hoje, do triste acidente aéreo da Air France. Agora são 10 e tanto da manhã, o avião tinha que ter chegado em Paris lá por 6 da manhã, o último contato com as torres de contato foi ontem por volta das 22h30, horário de Brasília, e apesar de toda a dor e estresse, a assessoria de imprensa da Air France já fez os principais levantamentos e já convocou uma coletiva. Já anunciaram imediatamente um número de telefone pra emergência (um 0800) e já instalaram na Infraero, no aeroporto do Rio, uma sala para informações para os familiares, onde só podem entrar familiares.
Acredito que nenhum de nós, profissionais de comunicação e porta-vozes, tenha pensado que isto tudo surgiu nesta madrugada. Que ligaram um pro outro ou que se plugaram e decidiram o que fazer durante a madrugada... é claro que este passo a passo inicial já estava traçado bem antes, como um plano emergencial, e agora o que se tem que administrar são os sentimentos e atendimento aos familiares. Sei que ainda é cedo, mas em comparação com outros acidentes e pelo andamento do atendimento à imprensa e familiares, espera-se que não se veja pessoas ansiosas por notícias e gritando ou querendo bater em funcionários da companhia aérea porque a primeira coisa que foi feita foi retirar do ambiente coletivo quem poderia estar descontrolado pela situação de dor podendo gerar noticias negativas na imprensa. Imagem esta que muitas vezes pode ser irreversível ou demorar muito pra voltar a ter a credibilidade com seus clientes ou com a sociedade.
Isto tudo: saber quando e como falar com a imprensa, saber o momento adequado, o que falar e como destacar os pontos positivos da empresa mesmo num momento de dor, se consegue num media training, num treinamento adequado bem antes que ocorra alguma situação de crise.
Desculpa se aproveito de um momento de dor pra fazer um pequeno comercial da importância de um media training, mas são nesses momentos que a gente pode ter um breve entendimento do que pode ser aprendido e o quanto se pode perder se deixarmos um vácuo nas informações e atitudes. É preciso estar preparado porque este é o mínimo de responsabilidade com a sociedade onde a organização está inserida. E é importante ter um planejamento anterior pois nesse momento, o que é mais importante é o sentimento e respeito pelos que estáo sofrendo e se já tver uma prioridade e treinamento anteriormente pensados, se a parte mais automática estiver planejada, sobra mais tempo para interagir com humanidade com os que sofrem.
Meus sentimentos aos familiares e vítimas da Air France!

terça-feira, 26 de maio de 2009

Terceirizar a culpa

Essa expressão, "terceirização da culpa" não é de minha autoria, mas sempre cai bem quando a gente passa por uma situação de frustração.
Um negócio que não deu certo, um projeto não aprovado, um relacionamento frustrado, é mais reconfortante dizer que foi o outro que fez errado do que observar e aprender com os próprios erros.
Uma dica: o vácuo entre as informações internas pode causar muito estresse e concorrência negativa interna. Um ambiente de puxação de tapetes não é propício a nenhum bom negócio e muito menos ä qualidade de vida, um dos fatores que gera a sustentabilidade nos negócios.
Não permita que seus colaboradores desperdicem seu tempo procurando em quem colocar a responsabilidade de algo que poderia ter sido evitado com um eficiente sistema de comunicação interna.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Por que na era da informação ainda não sabemos nos comunicar

Num período de tanto acesso às informações, a comunicação ainda é um dos maiores problemas dentro das empresas. O próprio excesso já é um problema grave porque não se tem prioridade e tudo vira prioritário.
Comunicar é estar atento ao outro, é se ocupar em planejar formas de dizer, de mostrar, de apresentar algo ou alguém, se preocupando com quem está ouvindo, lendo ou observando. “Comunicação não é o que se diz, é o que o outro compreende”, não me canso de repetir essa frase.
Quando falamos de comunicação corporativa, minimizamos pensando somente nas ações em publicidade e assessoria de imprensa. Loja gelada, mal iluminada, colaboradores desmotivados, lideres que gestionam pelo medo, comunicações que induzem ao erro e contra a imagem da empresa, momento inadequado de comunicar algo aos stakeholders, ressaltar o negativo, papelaria sem identidade, vitrine mal organizada,são exemplos que isolados ou pior ainda, repetidos, podem acabar com os negócios de uma empresa, não importa de que tamanho ela seja. Aprender a tomar partido das boas técnicas de comunicação, ressaltar o que a empresa tem de bom, potencializar a oportunidade que tem pra falar na imprensa, racionalizar os investimentos em comunicação, descobrindo com quem fala, com quem negocia, também são detalhes de uma boa comunicação corporativa. Detalhes essenciais, diga-se de passagem!
Neste sábado, dia 23, ministrarei um curso de curta duração, dois sábados, sobre como identificar e contornar essas situações, no ISAE/FGV, em Curitiba.
No dia 27 de maio, estarei em Foz do Iguaçu falando pra um grupo de universitários e empresários, sobre o tema. Já em 10 de junho, será a vez de Toledo e Cascavel. Na semana passada ministrei uma palestra para alunos do Centro Europeu.
Também participei de um debate na TV Sinal sobre o tema. Lá estavam o amigo Marcos José Zablonski, professor na PUC, e Ernani Buchmann. Assista, clique...tvsinal.com.br
Marca Paraná - Comunicação Empresarial (06/04)

Reflita: em tempos de crise, saber o que se faz é uma grande diferença nos resultados e como aplicar sua grana! Se planejando já são cometidos erros, imagina sem planejamento...."pesquisas mostram que organizações que valorizam o planejamento não só enfrentam menos crises, como também são mais lucrativas. Consequentemente, o gerenciamento de crise não é somente a coisa certa a ser feita, é bom para os negócios" (Sobreviva à crise, manual escrito por Karin Villatore e eu, lançado agora em março).

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Hotel na selva




Essa é a cabana ao lado da minha. Nessa ficou uma pessoa, que não vou identificar (rs), um homem, mais velho que eu, que morria de medo de noite...dormia de luz acesa! agora eu rio, mas tadinho! por isto que não direi quem é...
E esse é o corredor, durante o dia.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Arrepios noturnos


Aqui é o "corredor" que vai pro meu apartamento no hotel, na selva. Confesso que atravessar esse pedaço à noite, sozinha, dá um certo arrepio...você vai passando e escutando bichos pulando na água, barulho de folha onde provavelmente um camaleão ou outro bicho se escondeu....
Uma noite eu disse ao Rildo, meu guia, que não precisava me acompanhar porque queria ver a Lua, que estava cheia, lá no trapiche da recepção. Bem, fiquei um tempo, mas como estava só, resolvi voltar pro apartamnto e não dei boa noite a ninguém, porque estavam no restaurante rindo e se divertindo. Lá pelas tantas eu senti minha cabana balançar. Sentei rápido na cama. Como eu ficava num lugar mais distante da recepção e com um corredor desses que ia exclusivamente pra minha cabana, quando ela balançava era por dois motivos: ou vinha alguém ou um bicho mais pesadinho, feito tudo quanto é bicho que minha imaginação podia imaginar porque nunca tive coragem de abrir a porta pra espiar (hehehe)! Bem, era o Rildo e mais o gerente do hotel preocupadíssimos porque foram até o trapiche e não me encontraram. Procuraram por toda parte e não me acharam!
Mais uma vez senti o que é uma viagem de aventura, pois existe sim a possibilidade de algo desastroso acontecer... noutro dia,por exemplo, eu não vi, me contaram, a macaca chamada Lilica (que vive por alí atazanando os turistas e funcionários do Juma) foi brincar numa passarela dessas com um tucano. A pobre ave se desequilibrou e caiu...embaixo tinha um jacaré que a abocanhou! acho que foi isto que pensaram naquela noite...que o jacaré tinha me abocanhado!
É um ótimo exercício de superação, mas também de compreender que estamos em terreno estranho, por isto, mesmo pra quem sempre foi acostumada a peitar um monte de coisas da vida, sozinha ou quase que sozinha...tem que aprender que depende da experiência e conhecimento do outro. Tem que admitir que o outro faça por você. É hora de ser servida!! Como diz minha terapeuta: tenho que aprender a ser frágil!! que na verdade sou, mas fico dando uma de fortona!! sei lá... rsrs...

Pandemia da Informação

Não são poucas as vezes que me pergunto se alguns jornalistas têm noção do impacto do que escrevem ou transmitem...sabe que tem hora que eu acho que não há essa noção. Sei lá...tenho muito receio daquelas pessoas que vivem no automático. Os chamados tarefeiros... Sempre chamei a essas pessoas de que vivem e trabalham dessa forma, como “taxímetro ligado”. Deu a hora do cumprimento do dever, larga a enxada e “adios”.
Veja a gripe suína. Alguém já verificou todas essas informações? Em quem devemos acreditar? Há realmente uma possível pandemia? E isso não é aqui...é no mundo...muitas das notícias que a gente lê ou ouve, a gente não sabe se é melhor comprar um tubo de oxigênio e não sair de casa ou se é melhor filtrar as informações e se informar melhor.
Aqui não estou só questionando o fato, gripe suína (que tem outro nome, mas acho que não irá pegar, só na propaganda do ministério da saúde). Estou questionando a forma automática e muitas vezes descomprometida de como um fato é questionado...
Aí volta também à tona a questão de como a violência é tratada na mídia. Pois lendo hoje num jornal paranaense, fiquei sabendo que um tal de um assassino (já com 3 testemunhas dizendo que é ele, com teste de DNA e tudo), deverá daqui mais uns dias, falar pra imprensa....gente, é circo dos horrores!?! me deu náuseas...
Se as pesquisas de hoje apontam de forma assustadora, a falta de objetivos de nossas crianças, o acesso cada vez mais precoce às drogas (esse assunto ainda tratarei noutro dia porque me assustei com o que venho acompanhando, de pesquisas da Secretaria Anti Drogas), enfim, se hoje as crianças preferem seguir o exemplo dos bandidos do que dos mocinhos porque dá mais ibope, por que cargas d’água continuamos dando espaço na imprensa pra esses idiotas, doentes sociais?
Na Noruega, por exemplo, e Suécia, não são divulgados nem nomes nem fotos de criminosos violentos. Segundo o que se sabe, lá não se têm heróis criminais e nem os chamados “crimes de imitação”.
Puxa, meus colegas comunicadores, começo a ficar repetitiva, mas tá na hora de se repensar as pautas e refletir nas consequências do que falamos e escrevemos. Sei que é do livro O Pequeno Príncipe, mas se lembram? “Tu te tornas eternamente responsável por tudo aquilo que cativas!” Pois é...
E não é só comunicador, não. Você, que tá lendo e não é comunicador, mas que repete feito papagaio o que lê sem saber se os fatos procedem, também é responsável pela pandemia da má informação.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Caldo de piranha



Agora que saiu a matéria na Gazeta, tem muitos amigos que me perguntam sobre minha aventura na selva...e confesso que me bateu uma saudade imensa!
Hoje, almoçando com um amigo, ele me perguntou qual a situação que mais me chamou a atenção...quase que respondi: “tudo”! Mas vi que não era isto que ele estava esperando.
Aí me lembrei de pelo menos 3! Um, que já escrevi aqui, que foi a emoção de entrar na aldeia indígena e conversar com “seo” Pedro, filho de Pajé! Chorei sem ter a vergonha da emoção de estar falando com um legítimo dono das nossas terras!
Depois, quando saí pela primeira vez com a canoa, sozinha! Eu tinha acabado de chegar no hotel. Vi um alemão chegando com a canoa e me aventurei! Era uma menor do que esta que postei aqui no blog, em dias anteriores. Era daquelas de tronco. Quando saí da mata e dei de cara com aquele riozão na minha frente, não me aguentei e gritei de felicidade!...os olhos marejaram! Mas depois tive outra emoção e confesso, que fiquei apreensiva! Eu estava remando por cima das árvores, ou seja, se eu virasse, poderia ficar enroscada...perto de mim passavam botos, que por brincadeira poderiam me virar....e como eu estava recém chegando no hotel, não sabia que eram 8 metros de fundura, com cobras, jacarés e peixes...ops...voltei correndo! Hehehe.
E por fim, quando fui pescar piranha! Gente....sabe a história de “olhar de peixe morto”? Com piranha não é assim não...ela é uma predadora...e que predadora....a vara de pescar é um galho (veja a foto) e ela puxa com força...e quando é pescada, grita pra caramba! Grita!!!....fiquei sem saber o sabor do tão famoso “caldo de piranha”...soltei todas que pesquei! Parecia que me olhavam furiosas...! deixa pra lá, caldo de pirarucu é muito bom! ...e eu não vi quando pescaram...rs...

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Nem sempre se vê...

Uma criatura que na hora do cafezinho desce a lenha nos projetos de sua empresa, pode ser um causador de um ponto de crise...
Uma empresa que na hora de montar uma filial deconsidera seu entorno, seus vizinhos, pode estar detonando uma crise e é claro, causar resistência com seus produtos e serviços...
Uma empresa que não tem plano de comunicação, que não dá o devido valor a suas peças de comunicação, seja um cartão de visitas ou uma campanha publicitária, pode gerar uma crise de imagem, além de estar jogando dinheiro pela janela...
Quantas empresas, principalmente as pequenas, tem uma verba pra comunicação e se mata pra aparecer na Tv? é por aí? que outra solução?
Um diagnóstico de necessidades e um plano de comunicação pode resolver esses problemas aí em cima. ME CHAME!
Comprar o Manual Sobreviva à Crise, também é umas. ME CHAME!
Outra dica é fazer o curso de curta duração (dois sábados só!), do ISAE/FGV, comigo. ME CHAME!
Gente, o maior desafio das empresas enfrentarem qualquer tipo de crise, seja causada por motivos internos ou externos, é pensar nela antes dela existir! Crise não é só essa que aparece na mídia, a econômica!...
Enfim, vamos lá! ME CHAME! Me chame, me chama... Nem sempre se vê, lágrimas, no escuro, lágrimas...ops...me empolguei! - adoro essa música!

sábado, 25 de abril de 2009

Melhor prevenir do que remediar

Quando falamos em crise pensamos em um momento crítico, onde tudo aquilo que construímos pode vir abaixo. Também associamos esses períodos à confusão, demissão, quebra de corporações. Enfim, as crises estão relacionadas somente às coisas ruins. Pelo menos é o que a mídia mais ressalta.
Mas uma coisa é certa, elas vão e vem e se não tiver o mínimo de prevenção, sua empresa, sua imagem, seus produtos, correm o risco de não sobreviver. Pesquisas mostram que 43% das empresas despreparadas, que atravessaram grandes crises, nunca reabriram seus negócios e 29% fecharam as portas dois anos depois.
O gerenciamento de crises começa antes mesmo dela aparecer. Um preconceito é achar que só atinge organização de determinado porte. Não! Ela pode ser prevenida em qualquer empresa, seja pequena, grande ou média. É claro que com proporções diferentes, levando-se em conta tipo de produto, clientes, abrangência de atuação. Mas o importante é planejar, identificar os possíveis riscos e ter um plano emergencial para rapidamente informar e envolver os colaboradores em ações de prevenção ou de contenção. A agilidade, em tempos de crise, é primordial para reverter a situação ou até mesmo tê-la a seu favor e isso só acontece se já houve um planejamento anterior a ela.
Outro preconceito com relação a esses momentos é recuar ou até mesmo cortar investimentos em comunicação, como se fosse algo supérfluo, desnecessário. Basta lembrar a reação de cada qual quando encontra na rua, numa festa, alguém que não conhece, mas como sempre a vê nos meios de comunicação, sente-se impelido em cumprimentá-lo, porque a sensação é que sempre conversam e se veem. Essa é a "sensação" que não se pode perder, pois é um referencial que em períiodos de contenção, onde todos estão na situação de repensar onde aplicar, se a empresa ou produto "se esconde", deixa de ser uma opção de negócio.
É preciso ter a crise a seu favor e nesse momento muitos setores podem ter a oportunidade de aparecer. Serviços e até mesmo alguns produtos podem ser lançados, aproveitando a brecha que o mercado pode ter proporcionado.
Apesar do planejamento, infelizmente, as crises poderão aparecer, mas as atitudes já delineadas serão tomadas com mais segurança, confiança e isso faz toda a diferença na recuperação da empresa. Detalhes como ter um porta-voz já treinado e que esteja a par dos fatos para falar com a imprensa, um plano emergencial, envolvendo todos seus públicos, como os colaboradores, fornecedores, comunidades no entorno da organização, podem contar a favor da imagem e demonstrar um real envolvimento em encontrar soluções que beneficiem a todos.
É importante que perceba que as organizações que valorizam o planejamento não só enfrentam menos crises, como também são mais lucrativas. Consequentemente, o gerenciamento de crises não é somente a coisa certa a se fazer, mas é bom para o negócio.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Comissão Pró-conferência realiza jornada para debater comunicação e democracia

Curitiba sedia, de 24 a 27 de abril, a Jornada pela Democratização da Comunicação, um evento que trará oficinas, debates, reuniões e uma Audiência Pública sobre o tema. O objetivo é realizar diversas atividades que debatam democracia, comunicação e também a 1ª Conferência Nacional de Comunicação, confirmada para dezembro em Brasília.
A Jornada está dividida em cinco momentos, sendo que o primeiro acontece nessa sexta e sábado com uma oficina de capacitação para operadores de rádios comunitárias. Ainda na sexta à noite o Salão Nobre da APP Sindicato recebe o evento MPB – Música para Baixar, que irá discutir economia da cultura, direito autoral e formas alternativas de se produzir arte.
No domingo, dia 26, organizações, associações, estudantes e profissionais da comunicação estão convidados para participarem do Seminário Estadual Pró-Conferência de Comunicação, um momento para debate, reflexão e preparação para a etapa estadual da conferência. O Seminário contará com a participação de representantes da Comissão Nacional Pró-Conferência, do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação e do Coletivo Intervozes. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo proconferenciaparana.org.br (veja abaixo a programação completa).
Na segunda-feira (27) o controle da internet, a democratização dos meios de comunicação e o projeto de Lei do Senador Azeredo serão os temas da Audiência Pública na Assembléia Legislativa, a partir das 9h. A Jornada se encerra na segunda à noite com o lançamento da Comissão Pró-Abraço (Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária), às 18h30min, no Salão Nobre da APP.
Os interessados em participar da Jornada podem ter mais informações pelo blog www.proconferenciaparana.org.br, ou então pelo telefone 3092-0463.

Informações para a imprensa:
João Paulo Mehl: 9946-3388
Rachel Bragatto: 9993-0488
Laura Schühli: 8858-9600

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Quem organizou meu pacote


Não foi publicado, mas quem me ajudou a montar o pacote foi o Ricardo, da www.viverde.com.br




Deixem com ele, que ele organiza todo seu roteiro!
Vale a propaganda porque ele foi rápido, adequou de acordo com o que eu queria e me incentivou a vencer os medos e preconceitos!

Hotéis de selva - Gazeta do Povo

sábado, 18 de abril de 2009

sirene

puxa.........faz tempo que não escrevo.
Estou na corrida, administrando envios de manuais, prospectando algumas ações e trabalhos!
Mas, vamos lá...depois de olhar pela janela, olha que ainda vejo ambulância, carro de bombeiro ou mesmo de polícia, tentando passar no trânsito, com sirene aos gritos e luzes dizendo "pelamordedeusmedeixempassar”...me pergunto sempre como é que ninguém percebe e não é ágil em abrir caminho? Pois essa volta toda é pra dizer que muitas vezes a gente sinaliza, liga sirene, dá grito e como é que não conseguem nos entender? ou então, quantas vezes a gente fala, fala e não consegue realmente dizer o que quer dizer?...
pois é...acho que agora você que deve estar se perguntando o que eu quero dizer....deixa eu descobrir e depois te falo... por enquanto é só pra pensar...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Igapó




Nadando no fim do dia! 8 metros de profundidade...embaixo de mim, uma floresta inundada, o Igapó! A água sempre quente!