domingo, 6 de dezembro de 2009

Natal é a hora de se comunicar – mas não a única


Agora no final do ano as empresas enviam seus cartões de Natal, mas só voltam a aparecer no mercado muito mais adiante e olhe lá, se não deixam para fazer isto somente no próximo Natal. Não planejam uma estratégia de comunicação e relacionamento. Não enviam uma carta, não fazem um anúncio e nem ao menos uma ligação telefônica. Isto é um perigo para a lembrança da marca, de seu produto e de seu serviço. Muitas vezes, demoram tanto para entrar em contato que arriscam já terem sido esquecidas, o que sairá, com certeza, muito mais caro. Neste caso sim podemos dizer que comunicação é um custo, pois do contrário, se bem planejada e utilizada, é um investimento.
Mas é preciso conhecer seus públicos. Repito por vezes sem fim que é preciso levar em consideração a experiência e referencial com quem nos comunicamos. Em todos os planos: comunicação interna e externa. São muitos os oradores que discursam discursos vazios. Falam como se a plateia não estivesse presente. Mesma situação com materiais sem foco, com excesso de texto ou com imagens ilustrativas que não condizem com o que se quer comunicar.
A função da comunicação é dizer o que existe, mas dizer bem ou mal, depende de como é planejada. Uma das grandes falhas em comunicação nas empresas é a falta de planejamento, principalmente nas pequenas - e são justamente as que têm o orçamento mais enxuto. Fazem ações pontuais, sem perceber que o resultado é a somatória de várias delas.
Ainda no planejamento há o perigo de querer ir rapidamente para “o como” e isto só pode ser analisado depois de saber se há realmente necessidade de uma ação e qual o resultado a ser alcançado. Muitas empresas são pegas por essa imprudência e aqui não são somente as pequenas, infelizmente este hábito do “como” é mais frequente do que se devia.
Quando nos comunicamos é preciso compreender qual nosso público, isto é básico, mas também é essencial que se saiba qual a finalidade. A perguntinha que sempre oriento é: “para quê?” Ela pode resolver muitos problemas, inclusive orçamentários, das empresas que gastam o que não têm em campanhas e em material de comunicação inadequado, que com o básico “para quê?” poderiam nem ter começado o projeto ou no mínimo, ter replanejado. “Para quê?” resume qual resultado a ser alcançado. Se não tiver resposta, já demonstra que talvez o resultado a ser alcançado não esteja bem claro e consequentemente, nenhuma estratégia será eficiente.
Se eu fosse destacar mais alguns dos pontos que considero importantes sobre comunicação corporativa, ressaltaria que os empresários e profissionais da área sempre deveriam estar alertas que ela é mais do que somente “divulgação” de mensagens e informações, por isso deve ser planejada como ferramenta estratégica de negócio e alinhada ao Plano de Marketing. Não pode ser confundida como ferramenta de motivação pontual e muito menos somente como criadora de canais como jornal interno, boletins, intranet, TV corporativa, murais, publicidade, cartilhas, folders etc.
Comunicação corporativa deve atender determinado objetivo estratégico e não somente existir por existir, ou seja, deve ser estratégica e não operacional e pontual.

(imagem copiada do blog de Thiago Oliveira)

3 comentários:

Unknown disse...

Caraca,

Muito dez a matéria

Guilherme Mendes disse...

Ótima matéria!

É impressionante como as empresas acabam desperdiçando toda a sua vontade de se comunicar em investidas demasiadamente específicas.
Mas o problema mesmo é que, junto com essa vontade, a verba também se esvai.

Unknown disse...

oi Lea, obrigada! um comentário seu é de muita relevância pra mim, pela sua experiência!
oi Mendes, é o tal do planejamento antes de sair fazendo. A verba sempre é curta para comunicação ou porque náo investem ou porque querem virar "estrelas" a qualquer custo e a verba nunca será suficiente. Com planejamento há como se fazer um trabalho contínuo mesclando ações de publicidade, mkt direto, mídia espontâmea, patrocinios, endomarketing, eventos...ufa! têm tantas possibilidades...é só náo sair copiando, mas analisando verba versus objetivo e ação!