terça-feira, 12 de maio de 2009

Pandemia da Informação

Não são poucas as vezes que me pergunto se alguns jornalistas têm noção do impacto do que escrevem ou transmitem...sabe que tem hora que eu acho que não há essa noção. Sei lá...tenho muito receio daquelas pessoas que vivem no automático. Os chamados tarefeiros... Sempre chamei a essas pessoas de que vivem e trabalham dessa forma, como “taxímetro ligado”. Deu a hora do cumprimento do dever, larga a enxada e “adios”.
Veja a gripe suína. Alguém já verificou todas essas informações? Em quem devemos acreditar? Há realmente uma possível pandemia? E isso não é aqui...é no mundo...muitas das notícias que a gente lê ou ouve, a gente não sabe se é melhor comprar um tubo de oxigênio e não sair de casa ou se é melhor filtrar as informações e se informar melhor.
Aqui não estou só questionando o fato, gripe suína (que tem outro nome, mas acho que não irá pegar, só na propaganda do ministério da saúde). Estou questionando a forma automática e muitas vezes descomprometida de como um fato é questionado...
Aí volta também à tona a questão de como a violência é tratada na mídia. Pois lendo hoje num jornal paranaense, fiquei sabendo que um tal de um assassino (já com 3 testemunhas dizendo que é ele, com teste de DNA e tudo), deverá daqui mais uns dias, falar pra imprensa....gente, é circo dos horrores!?! me deu náuseas...
Se as pesquisas de hoje apontam de forma assustadora, a falta de objetivos de nossas crianças, o acesso cada vez mais precoce às drogas (esse assunto ainda tratarei noutro dia porque me assustei com o que venho acompanhando, de pesquisas da Secretaria Anti Drogas), enfim, se hoje as crianças preferem seguir o exemplo dos bandidos do que dos mocinhos porque dá mais ibope, por que cargas d’água continuamos dando espaço na imprensa pra esses idiotas, doentes sociais?
Na Noruega, por exemplo, e Suécia, não são divulgados nem nomes nem fotos de criminosos violentos. Segundo o que se sabe, lá não se têm heróis criminais e nem os chamados “crimes de imitação”.
Puxa, meus colegas comunicadores, começo a ficar repetitiva, mas tá na hora de se repensar as pautas e refletir nas consequências do que falamos e escrevemos. Sei que é do livro O Pequeno Príncipe, mas se lembram? “Tu te tornas eternamente responsável por tudo aquilo que cativas!” Pois é...
E não é só comunicador, não. Você, que tá lendo e não é comunicador, mas que repete feito papagaio o que lê sem saber se os fatos procedem, também é responsável pela pandemia da má informação.

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