terça-feira, 26 de maio de 2009

Terceirizar a culpa

Essa expressão, "terceirização da culpa" não é de minha autoria, mas sempre cai bem quando a gente passa por uma situação de frustração.
Um negócio que não deu certo, um projeto não aprovado, um relacionamento frustrado, é mais reconfortante dizer que foi o outro que fez errado do que observar e aprender com os próprios erros.
Uma dica: o vácuo entre as informações internas pode causar muito estresse e concorrência negativa interna. Um ambiente de puxação de tapetes não é propício a nenhum bom negócio e muito menos ä qualidade de vida, um dos fatores que gera a sustentabilidade nos negócios.
Não permita que seus colaboradores desperdicem seu tempo procurando em quem colocar a responsabilidade de algo que poderia ter sido evitado com um eficiente sistema de comunicação interna.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Por que na era da informação ainda não sabemos nos comunicar

Num período de tanto acesso às informações, a comunicação ainda é um dos maiores problemas dentro das empresas. O próprio excesso já é um problema grave porque não se tem prioridade e tudo vira prioritário.
Comunicar é estar atento ao outro, é se ocupar em planejar formas de dizer, de mostrar, de apresentar algo ou alguém, se preocupando com quem está ouvindo, lendo ou observando. “Comunicação não é o que se diz, é o que o outro compreende”, não me canso de repetir essa frase.
Quando falamos de comunicação corporativa, minimizamos pensando somente nas ações em publicidade e assessoria de imprensa. Loja gelada, mal iluminada, colaboradores desmotivados, lideres que gestionam pelo medo, comunicações que induzem ao erro e contra a imagem da empresa, momento inadequado de comunicar algo aos stakeholders, ressaltar o negativo, papelaria sem identidade, vitrine mal organizada,são exemplos que isolados ou pior ainda, repetidos, podem acabar com os negócios de uma empresa, não importa de que tamanho ela seja. Aprender a tomar partido das boas técnicas de comunicação, ressaltar o que a empresa tem de bom, potencializar a oportunidade que tem pra falar na imprensa, racionalizar os investimentos em comunicação, descobrindo com quem fala, com quem negocia, também são detalhes de uma boa comunicação corporativa. Detalhes essenciais, diga-se de passagem!
Neste sábado, dia 23, ministrarei um curso de curta duração, dois sábados, sobre como identificar e contornar essas situações, no ISAE/FGV, em Curitiba.
No dia 27 de maio, estarei em Foz do Iguaçu falando pra um grupo de universitários e empresários, sobre o tema. Já em 10 de junho, será a vez de Toledo e Cascavel. Na semana passada ministrei uma palestra para alunos do Centro Europeu.
Também participei de um debate na TV Sinal sobre o tema. Lá estavam o amigo Marcos José Zablonski, professor na PUC, e Ernani Buchmann. Assista, clique...tvsinal.com.br
Marca Paraná - Comunicação Empresarial (06/04)

Reflita: em tempos de crise, saber o que se faz é uma grande diferença nos resultados e como aplicar sua grana! Se planejando já são cometidos erros, imagina sem planejamento...."pesquisas mostram que organizações que valorizam o planejamento não só enfrentam menos crises, como também são mais lucrativas. Consequentemente, o gerenciamento de crise não é somente a coisa certa a ser feita, é bom para os negócios" (Sobreviva à crise, manual escrito por Karin Villatore e eu, lançado agora em março).

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Hotel na selva




Essa é a cabana ao lado da minha. Nessa ficou uma pessoa, que não vou identificar (rs), um homem, mais velho que eu, que morria de medo de noite...dormia de luz acesa! agora eu rio, mas tadinho! por isto que não direi quem é...
E esse é o corredor, durante o dia.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Arrepios noturnos


Aqui é o "corredor" que vai pro meu apartamento no hotel, na selva. Confesso que atravessar esse pedaço à noite, sozinha, dá um certo arrepio...você vai passando e escutando bichos pulando na água, barulho de folha onde provavelmente um camaleão ou outro bicho se escondeu....
Uma noite eu disse ao Rildo, meu guia, que não precisava me acompanhar porque queria ver a Lua, que estava cheia, lá no trapiche da recepção. Bem, fiquei um tempo, mas como estava só, resolvi voltar pro apartamnto e não dei boa noite a ninguém, porque estavam no restaurante rindo e se divertindo. Lá pelas tantas eu senti minha cabana balançar. Sentei rápido na cama. Como eu ficava num lugar mais distante da recepção e com um corredor desses que ia exclusivamente pra minha cabana, quando ela balançava era por dois motivos: ou vinha alguém ou um bicho mais pesadinho, feito tudo quanto é bicho que minha imaginação podia imaginar porque nunca tive coragem de abrir a porta pra espiar (hehehe)! Bem, era o Rildo e mais o gerente do hotel preocupadíssimos porque foram até o trapiche e não me encontraram. Procuraram por toda parte e não me acharam!
Mais uma vez senti o que é uma viagem de aventura, pois existe sim a possibilidade de algo desastroso acontecer... noutro dia,por exemplo, eu não vi, me contaram, a macaca chamada Lilica (que vive por alí atazanando os turistas e funcionários do Juma) foi brincar numa passarela dessas com um tucano. A pobre ave se desequilibrou e caiu...embaixo tinha um jacaré que a abocanhou! acho que foi isto que pensaram naquela noite...que o jacaré tinha me abocanhado!
É um ótimo exercício de superação, mas também de compreender que estamos em terreno estranho, por isto, mesmo pra quem sempre foi acostumada a peitar um monte de coisas da vida, sozinha ou quase que sozinha...tem que aprender que depende da experiência e conhecimento do outro. Tem que admitir que o outro faça por você. É hora de ser servida!! Como diz minha terapeuta: tenho que aprender a ser frágil!! que na verdade sou, mas fico dando uma de fortona!! sei lá... rsrs...

Pandemia da Informação

Não são poucas as vezes que me pergunto se alguns jornalistas têm noção do impacto do que escrevem ou transmitem...sabe que tem hora que eu acho que não há essa noção. Sei lá...tenho muito receio daquelas pessoas que vivem no automático. Os chamados tarefeiros... Sempre chamei a essas pessoas de que vivem e trabalham dessa forma, como “taxímetro ligado”. Deu a hora do cumprimento do dever, larga a enxada e “adios”.
Veja a gripe suína. Alguém já verificou todas essas informações? Em quem devemos acreditar? Há realmente uma possível pandemia? E isso não é aqui...é no mundo...muitas das notícias que a gente lê ou ouve, a gente não sabe se é melhor comprar um tubo de oxigênio e não sair de casa ou se é melhor filtrar as informações e se informar melhor.
Aqui não estou só questionando o fato, gripe suína (que tem outro nome, mas acho que não irá pegar, só na propaganda do ministério da saúde). Estou questionando a forma automática e muitas vezes descomprometida de como um fato é questionado...
Aí volta também à tona a questão de como a violência é tratada na mídia. Pois lendo hoje num jornal paranaense, fiquei sabendo que um tal de um assassino (já com 3 testemunhas dizendo que é ele, com teste de DNA e tudo), deverá daqui mais uns dias, falar pra imprensa....gente, é circo dos horrores!?! me deu náuseas...
Se as pesquisas de hoje apontam de forma assustadora, a falta de objetivos de nossas crianças, o acesso cada vez mais precoce às drogas (esse assunto ainda tratarei noutro dia porque me assustei com o que venho acompanhando, de pesquisas da Secretaria Anti Drogas), enfim, se hoje as crianças preferem seguir o exemplo dos bandidos do que dos mocinhos porque dá mais ibope, por que cargas d’água continuamos dando espaço na imprensa pra esses idiotas, doentes sociais?
Na Noruega, por exemplo, e Suécia, não são divulgados nem nomes nem fotos de criminosos violentos. Segundo o que se sabe, lá não se têm heróis criminais e nem os chamados “crimes de imitação”.
Puxa, meus colegas comunicadores, começo a ficar repetitiva, mas tá na hora de se repensar as pautas e refletir nas consequências do que falamos e escrevemos. Sei que é do livro O Pequeno Príncipe, mas se lembram? “Tu te tornas eternamente responsável por tudo aquilo que cativas!” Pois é...
E não é só comunicador, não. Você, que tá lendo e não é comunicador, mas que repete feito papagaio o que lê sem saber se os fatos procedem, também é responsável pela pandemia da má informação.