segunda-feira, 25 de abril de 2016

Marketing pessoal, afinal, o que é isso...

Muitos ainda acreditam que Marketing Pessoal é simplesmente cuidar da aparência e tudo bem. Este é um dos itens, mas é muito mais. O mercado, seja para quem deseja permanecer em seu emprego e crescer nele, como para quem se projeta com uma empresa, seja individual ou uma organização maior, exige cada vez mais dos profissionais. Precisa cuidar de sua aparência sim, mas ela não é somente o externo, saber o que vestir ou como se comportar socialmente. Marketing pessoal é sua saúde, seu conhecimento, enfim, seu conteúdo, além de sua embalagem. Um profissional de sucesso hoje precisa reconhecer seu entorno e aprender a identificar oportunidades. É a tal da metacompetência que volta e meia destaco. Precisa conhecer de sua área, mas precisa conhecer sobre seres humanos. Necessita aprender a se relacionar e isso não quer dizer sair por aí falando pelos cotovelos, mas aprender o convívio e o respeito pelas diferenças, inclusive se beneficiando pelos multimeios atuais, que permitem que você intensifique suas relações. Pra fazer marketing pessoal é necessário que você tenha um plano de ação para sua carreira profissional. Como nos planos de marketing empresarial, é importante que identifique seus pontos fortes e fracos de sua marca. Faça um plano de ação para agir. Precisa de mais conteúdo? Procure cursos, livros, palestras, companhias de amigos e de profissionais que possam ajudar a acrescentar conhecimento. Descubra grupos de sua área e se associe a eles. Precisa de espiritualidade? Procure estar em contato com a natureza, com ações sociais, com uma religião ou com uma entidade que estude espiritualidade sem necessariamente ser uma religião. Agir com profissionalismo e ética. Agir com engajamento e confiança em você mesmo, pra não desistir de seus planos. Esse seu melhor marketing pessoal em qualquer tempo, confiar em você. Boa sorte!

quinta-feira, 14 de abril de 2016

É preciso rever a forma de negociar. Não abandone os negócios

A gente liga a TV e o que mais se fala é da crise. Abre o jornal ou melhor, nem precisa abrir, a manchete principal é a crise. Até o WhatsApp da família que seria pra falar da vida ou da receita da vó que foi repaginada, só fala da crise. Como então, planejar o dia a dia se a crise funciona como uma âncora sem deixar ninguém ousar ou ter coragem de inovar? Não é ingenuidade minha, é claro que a crise está acontecendo… opa, opa, opa. Melhor parar porque o que menos eu quero falar agora é sobre a crise. Minha intenção é refletir sobre aquele empresário que está expandindo os negócios que estão bem, mas quando perguntado como está, como no automático responde: “pois é, a crise…” e lá vem o rosário. Claro que falar outra coisa que seja diferente é difícil, ainda mais nesse período de intolerâncias, mas é preciso reagir. Parece que voltamos à época que alguém dizia “mas é redonda, é redonda, é redonda…”. Se um empresário que está bem, “apesar da crise”, e não consegue falar outra coisa a não ser se lamentar, como pode convencer outro empresário, “que apesar da crise”, está querendo negociar o seu produto? Fica uma conversa de doido. Não é negar a crise, mas é repensar a forma de negociar… apesar da crise. Antes de tudo e isso não é de agora, a venda é consequência de um relacionamento do vendedor com o comprador. Hoje seria mais chique falar, da marca com os stakeholders. Comprar sem questionar aquele produto que está ali na sua frente no supermercado é o que chamamos de hábito de marca. Parece fidelidade, mas é como aquela coisa de entrar no carro e chegar no trabalho sem saber como dirigiu até lá…não há consciência do que faz, do que compra. Isso não é fidelidade, é hábito. O que estou querendo dizer, que não há fidelidade? De marca, nem sempre. Mas por que estou escrevendo isso tudo? Parece mesmo conversa de doido… Porque mesmo e apesar da crise é preciso fazer negócios, é preciso vender. E para sua marca poder pelo menos viver aquela história de hábito de compra, antes ela precisa no mínimo ser conhecida… É isso. Então, lá venho eu novamente indignada, por que alguns ainda não acreditam que comunicar a marca pode vender muito mais do que bater na porta de um por um pra tirar pedido? Até porque, para alguém abrir essa porta e comprar, precisa já ter ouvido falar daquela marca. Por isso, inclusive, alguns conseguem bater na porta e tirar pedido. Já fizeram a lição de comunicar e se relacionar com seus públicos. Defender causas que verdadeiramente podem interessar a seus stakeholders. Fazer parceria com outra marca mais conhecida do que a sua, em um evento. Veicular propaganda em revistas do setor ou de interesse de quem usa serviços similares. Melhorar a embalagem de seus produtos. Esses são alguns dos exemplos do que a comunicação pode fazer por sua marca e isso pode resultar em vendas. Sempre tem alguma solução de acordo com o que você tem em caixa. Não é pegar tudo o que tem e sair planejando propaganda no horário nobre da TV, se a verba é curta. Já ouvi, inclusive, empresários falando que nada é de graça quando alguém propõe uma parceria. Isso pode ser, inclusive, desconhecer o quanto sua marca está valendo. Eu mesma já fiz parcerias entre marcas em que as duas saíram ganhando e nem sempre todas colocaram a mão no bolso. Uma parceria com companhia aérea, um espaço bacana pra um evento, uma assessoria de imprensa bem articulada, tudo isso pode ser moeda de troca. Triste, mas já participei de reunião de empresa com força de marca nacional, mas que o bambambam dela desconhecia essa força e só falava que não tinha verba… e perdia a oportunidade de fazer muitas coisas bacanas, que seriam boas para todos. O importante é saber que não adianta só criar metas de vendas, ensinar os vendedores a falarem dos atributos dos produtos, pesquisar quais áreas trabalhar e sair tentando vender. É preciso criar relacionamento e ele leva tempo, tem que conquistar a confiança. Descubra o que seu produto tem de importante para quem vai adquiri-lo e comunique convincentemente sobre ele. Não fale somente sobre os atributos técnicos ou outros fatores sob o ponto de visto do que você acha importante sobre a sua marca, sobre o seu produto. O que o consumidor quer? O que ele gostaria de saber? O que é importante para o comprador, para quem consome seu produto ou serviço? É isso que você precisa comunicar. É preciso conquistar a confiança no que vende, ser verdadeiro. Comunique o que você acredita, qual o sentido do que produz. Até porque na maioria das vezes não se negocia somente uma vez. Está aí… se cria relacionamento. Experimento, falo com quem experimentou, falo pra outras pessoas experimentarem. Além da parte técnica, comunique o sentimento, fale de experiências. Se relacione. O que não pode é você pensar que alguém compra só por comprar. As pessoas precisam de referência. Se fizerem uma busca rápida nos sites de busca, vão encontrar alguma coisa sobre sua marca ou vai parecer que sua empresa é fantasma? É isso aí! Até mais!

Quanto suas manifestações nos meios digitais interferem em seus negócios.

Um estudo indicou que quando eram feitas palestras para sensibilizar os moradores de comunidades africanas sobre temas do cotidiano, como ferver água antes de beber, por exemplo, a adesão era de no máximo 10%. Quando identificaram em quem realmente a comunidade confiava, quem era o líder e ele passou a explicar o mesmo tema, a adesão saltou para 80% dos moradores. A pesquisa foi realizada pelo sociólogo Everett Rogers. Nas empresas acontece a mesma coisa. O pesquisador TJ Larkin, PhD em Comunicação, utilizou essa pesquisa do sociólogo e aplicou no ambiente empresarial. O resultado destaca que o colaborador adere nove vezes mais a informações passadas pelas chefias diretamente, comparada com as difundidas pelos meios formais de comunicação da empresa. TJ Larkin afirma que os gerentes próximos a suas equipes são sempre os mais confiáveis pra transmissão de informações, tese comprovada por várias empresas globais que ressaltam que esses gerentes estão mais próximos dos colaboradores, participam das conversas na hora do cafezinho, circulam pela organização, enfim, fazem parte do ambiente do funcionário, têm a mesma referência de linguagem e de vivência, inspiram confiança. E se o estudo realizado pelo sociólogo não fosse em uma comunidade africana, mas no ambiente digital atual? Como seria a reação de seus colaboradores, seus fãs nos meios digitais? A mesma reação do ambiente físico. Destaco aqui o fato do engajamento público do CEO, resultado da pesquisa realizada com 1,7 mil executivos sêniores em 19 países, inclusive o Brasil, que mostra que 81% dos entrevistados são a favor (“The CEO Reputation: Conseguindo Destaque na Era do Engajamento”). Mas engajamento público é muito mais do que manifestação digital. Essa mesma pesquisa aponta, na visão global e de alguns executivos brasileiros, que 35% dos entrevistados consideram que é importante se posicionar sobre as questões atuais de nosso país sobre política e políticas públicas, quando 48% consideram inadequado. Tudo bem, mas qual o resultado do engajamento digital de um gestor no comportamento de seus colaboradores e mesmo, no segmento em que a empresa atua e o que pode afetar nos negócios da empresa? Em uma consultoria orientei os líderes da empresa pra que não se manifestassem sobre suas preferências políticas, considerando o momento atual, econômico e político partidário. Por que isso? Porque sua empresa lidava com turismo e estava em uma fase de apresentação da marca ao segmento e isso poderia restringir alguns contratos. Minha orientação é que precisa de muita cautela. O gestor deve ser consciente de que sua opinião irá refletir internamente e em seu ambiente de negócios e… até que ponto vale a pena se manifestar e quanto disso irá respingar em seu mercado de atuação? Certa vez um gestor ficou muito incomodado e até demonstrou seu desconforto com agressividade na voz quando lhe falei sobre isso… mas tenho certeza absoluta que sua posição nos meios digitais não só inibia o diálogo interno com sua equipe, como causava nela mal-estar quando participa de algumas reuniões em que ele podia falar livremente, por ser o gestor, mas seus funcionários tinham que ficar quietos caso discordassem dele. Se essa exposição dificultar o dia a dia do trabalho e o resultado dos negócios, por que não encontrar outras formas de se manifestar, como participar de algum grupo que discuta soluções para superar o posicionamento de políticas públicas que não aprova ou apoiar colocando em prática o que aprova? Talvez seu exemplo conte muito mais que suas palavras no meio digital, ditas muitas vezes em um momento de raiva ou de apoio a alguma situação pontual.