sexta-feira, 20 de maio de 2016

Como é saber escutar no mundo digital.



A maioria das pessoas sabe ou pelo menos já leu em alguma mensagem que para se comunicar adequadamente é preciso aprender a escutar.

Sim, escutar sem querer responder o tempo todo. Escutar pra compreender o outro e assimilar o que ele quer expressar e não já ficar bolando o que vai dizer como resposta ou interromper sem nem dar chance ao outro falar.

Pois bem, e como é isso nos dias atuais, de mídias sociais? Como posso escutar alguém se estamos em um mundo do faz de conta que está tudo bem, todo mundo é igual e pensa da mesma forma?
Algumas pessoas desconhecem que vivem em uma bolha de opiniões. Exato, não conseguem perceber que nem todo mundo pensa igual ao que elas defendem. É lógico que os iguais se atraem no mundo digital e que nas redes sociais muitos somem de nossa timeline não porque deixaram de ser nossos amigos, mas porque não compartilham de mesmas opiniões e gostos e automaticamente (literalmente falando) elas começam a aparecer cada vez menos.

E o que isso tem a ver com aprender a escutar?...

Oras, se uma pessoa entra em nossa página e escreve algo que contradiz o que defendemos, normalmente perdemos a chance de aprender com a diferença se já saímos brigando, ou seja, não damos chance pra “escutar”. Com isso, ficamos cada vez mais incapacitados para o diálogo, para o novo, para o crescimento. Não quer dizer que haja necessidade de mudança de opinião, mas não precisamos nos fechar para o mundo e para opiniões contrárias.

Isso também se repete no ambiente físico é lógico. No passado se respeitava a opinião do outro, se conversava valorizando o diálogo e aprendendo com opiniões contrária. Hoje a pessoa sabe que sua opinião política ou sobre um filme ou qualquer outro assunto é contrário e mesmo assim, se fecha para a troca de opiniões e se fecha em defesas de suas opiniões. Na verdade não quer a conversa, quer a briga.
Muitas vezes a falta de habilidade em escutar é acompanhada de interrupções ou de expressões faciais que dizem, “não avance que não vai dar em nada, não estou te ouvindo, tenho minha opinião e pronto”.

Loucura! Loucura porque não tem como fazer de conta que a opinião contrária não existe e que é possível se fechar e só conversar com quem comunga do mesmo raciocínio, do mesmo argumento. Loucura porque cada vez mais o mundo fica pequeno a partir do momento que acontece o boicote ao novo, ao diferente. Com isso, é promovida uma comunicação de raiva, de ganha-ganha ou... de perde-perde.

Dia desses ouvi de uma amiga uma frase que resolvi aplicá-la em muitos momentos de minha comunicação. Preciso me comunicar com minha mente e meu coração, não posso deixar pra me comunicar com o estômago. Por isso, temos que aprender novamente a escutar, quem sabe muitos conflitos resultem em crescimento e inovação.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Marketing pessoal, afinal, o que é isso...

Muitos ainda acreditam que Marketing Pessoal é simplesmente cuidar da aparência e tudo bem. Este é um dos itens, mas é muito mais. O mercado, seja para quem deseja permanecer em seu emprego e crescer nele, como para quem se projeta com uma empresa, seja individual ou uma organização maior, exige cada vez mais dos profissionais. Precisa cuidar de sua aparência sim, mas ela não é somente o externo, saber o que vestir ou como se comportar socialmente. Marketing pessoal é sua saúde, seu conhecimento, enfim, seu conteúdo, além de sua embalagem. Um profissional de sucesso hoje precisa reconhecer seu entorno e aprender a identificar oportunidades. É a tal da metacompetência que volta e meia destaco. Precisa conhecer de sua área, mas precisa conhecer sobre seres humanos. Necessita aprender a se relacionar e isso não quer dizer sair por aí falando pelos cotovelos, mas aprender o convívio e o respeito pelas diferenças, inclusive se beneficiando pelos multimeios atuais, que permitem que você intensifique suas relações. Pra fazer marketing pessoal é necessário que você tenha um plano de ação para sua carreira profissional. Como nos planos de marketing empresarial, é importante que identifique seus pontos fortes e fracos de sua marca. Faça um plano de ação para agir. Precisa de mais conteúdo? Procure cursos, livros, palestras, companhias de amigos e de profissionais que possam ajudar a acrescentar conhecimento. Descubra grupos de sua área e se associe a eles. Precisa de espiritualidade? Procure estar em contato com a natureza, com ações sociais, com uma religião ou com uma entidade que estude espiritualidade sem necessariamente ser uma religião. Agir com profissionalismo e ética. Agir com engajamento e confiança em você mesmo, pra não desistir de seus planos. Esse seu melhor marketing pessoal em qualquer tempo, confiar em você. Boa sorte!

quinta-feira, 14 de abril de 2016

É preciso rever a forma de negociar. Não abandone os negócios

A gente liga a TV e o que mais se fala é da crise. Abre o jornal ou melhor, nem precisa abrir, a manchete principal é a crise. Até o WhatsApp da família que seria pra falar da vida ou da receita da vó que foi repaginada, só fala da crise. Como então, planejar o dia a dia se a crise funciona como uma âncora sem deixar ninguém ousar ou ter coragem de inovar? Não é ingenuidade minha, é claro que a crise está acontecendo… opa, opa, opa. Melhor parar porque o que menos eu quero falar agora é sobre a crise. Minha intenção é refletir sobre aquele empresário que está expandindo os negócios que estão bem, mas quando perguntado como está, como no automático responde: “pois é, a crise…” e lá vem o rosário. Claro que falar outra coisa que seja diferente é difícil, ainda mais nesse período de intolerâncias, mas é preciso reagir. Parece que voltamos à época que alguém dizia “mas é redonda, é redonda, é redonda…”. Se um empresário que está bem, “apesar da crise”, e não consegue falar outra coisa a não ser se lamentar, como pode convencer outro empresário, “que apesar da crise”, está querendo negociar o seu produto? Fica uma conversa de doido. Não é negar a crise, mas é repensar a forma de negociar… apesar da crise. Antes de tudo e isso não é de agora, a venda é consequência de um relacionamento do vendedor com o comprador. Hoje seria mais chique falar, da marca com os stakeholders. Comprar sem questionar aquele produto que está ali na sua frente no supermercado é o que chamamos de hábito de marca. Parece fidelidade, mas é como aquela coisa de entrar no carro e chegar no trabalho sem saber como dirigiu até lá…não há consciência do que faz, do que compra. Isso não é fidelidade, é hábito. O que estou querendo dizer, que não há fidelidade? De marca, nem sempre. Mas por que estou escrevendo isso tudo? Parece mesmo conversa de doido… Porque mesmo e apesar da crise é preciso fazer negócios, é preciso vender. E para sua marca poder pelo menos viver aquela história de hábito de compra, antes ela precisa no mínimo ser conhecida… É isso. Então, lá venho eu novamente indignada, por que alguns ainda não acreditam que comunicar a marca pode vender muito mais do que bater na porta de um por um pra tirar pedido? Até porque, para alguém abrir essa porta e comprar, precisa já ter ouvido falar daquela marca. Por isso, inclusive, alguns conseguem bater na porta e tirar pedido. Já fizeram a lição de comunicar e se relacionar com seus públicos. Defender causas que verdadeiramente podem interessar a seus stakeholders. Fazer parceria com outra marca mais conhecida do que a sua, em um evento. Veicular propaganda em revistas do setor ou de interesse de quem usa serviços similares. Melhorar a embalagem de seus produtos. Esses são alguns dos exemplos do que a comunicação pode fazer por sua marca e isso pode resultar em vendas. Sempre tem alguma solução de acordo com o que você tem em caixa. Não é pegar tudo o que tem e sair planejando propaganda no horário nobre da TV, se a verba é curta. Já ouvi, inclusive, empresários falando que nada é de graça quando alguém propõe uma parceria. Isso pode ser, inclusive, desconhecer o quanto sua marca está valendo. Eu mesma já fiz parcerias entre marcas em que as duas saíram ganhando e nem sempre todas colocaram a mão no bolso. Uma parceria com companhia aérea, um espaço bacana pra um evento, uma assessoria de imprensa bem articulada, tudo isso pode ser moeda de troca. Triste, mas já participei de reunião de empresa com força de marca nacional, mas que o bambambam dela desconhecia essa força e só falava que não tinha verba… e perdia a oportunidade de fazer muitas coisas bacanas, que seriam boas para todos. O importante é saber que não adianta só criar metas de vendas, ensinar os vendedores a falarem dos atributos dos produtos, pesquisar quais áreas trabalhar e sair tentando vender. É preciso criar relacionamento e ele leva tempo, tem que conquistar a confiança. Descubra o que seu produto tem de importante para quem vai adquiri-lo e comunique convincentemente sobre ele. Não fale somente sobre os atributos técnicos ou outros fatores sob o ponto de visto do que você acha importante sobre a sua marca, sobre o seu produto. O que o consumidor quer? O que ele gostaria de saber? O que é importante para o comprador, para quem consome seu produto ou serviço? É isso que você precisa comunicar. É preciso conquistar a confiança no que vende, ser verdadeiro. Comunique o que você acredita, qual o sentido do que produz. Até porque na maioria das vezes não se negocia somente uma vez. Está aí… se cria relacionamento. Experimento, falo com quem experimentou, falo pra outras pessoas experimentarem. Além da parte técnica, comunique o sentimento, fale de experiências. Se relacione. O que não pode é você pensar que alguém compra só por comprar. As pessoas precisam de referência. Se fizerem uma busca rápida nos sites de busca, vão encontrar alguma coisa sobre sua marca ou vai parecer que sua empresa é fantasma? É isso aí! Até mais!