quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Sinfonia

Hoje foi engraçado. Vivi um colapso. Um colapso até certo ponto engraçado.
Estou no interior do estado. Vir pra cá é um preparo psicológico anterior ao embarque...são 22 horas de ônibus, ida e volta.
A correria de ajeitar pra que tudo não pare enquanto estou fora, a correria pra pegar a passagem e embarcar, o check list mental pra ver se não esqueci nada pra que tudo possa andar no mesmo ritmo mesmo sem minha presença física...uma doidera!
Mas chegando aqui...desço do ônibus devagar, sento esperando que venham me buscar - um dia demoraram e fui de carona na moto do segurança da rodoviária, só aqui ainda se pode fazer isto.
Aqui é um paraíso de lugar, onde os passarinhos cantam mais alto que aqueles barulhos ensurdecedores de freios desafiando quem ganha: o sinal amarelo ou a potência do carro ao cruzar o semáforo como roleta russa...
Mas o colapso que aconteceu foi que ao vir pro hotel no final da tarde, tudo o que eu pensava era em tomar um banho e terminar um outro trabalho, por email...mas depois do banho, não conseguia conectar a internet. Rapidinho todo aquele ritmo Walt Disney (dos desenhos mais antigos), foi pra cucuia. Virou um Sherek, na irreverência dos conceitos ditados até então por Disney, na ordem dual do belo e feio, certo e errado. Bem, foi engraçado. Gostaria deu não ser eu e ter conseguido ver a cena.
É! A gente perde muito em ser neurótico.
Em menos de 5 minutos a internet voltou e então o colapso mudou de foco, mas não deixou de existir.
Tinha que administrar dois movimentos. Baixar a cabeça e ser rápida em responder a meu grupo online, erguer a cabeça e ver a languidez no meu entorno; baixar a cabeça pra ler as respostas e continuar o diálogo veloz; erguer a cabeça e ver alguém passando de bicicleta e te cumprimentando (um estranho me cumprimenta, só porque passou por mim...isto ainda existe! Não é resquício de minha infância, que sempre falo saudosa, existe!) Mas voltando ao colapso: cabeça erguida, languidez; cabeça baixa, velocidade doida; cabeça erguida, Chopin; cabeça baixa, Queen...é a vida! Que bom poder viver estes dois movimentos!!

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